Os aumentos nas tarifas de energia, aprovados ontem (3) pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não mudaram a expectativa do Ministério
de Minas e Energia (MME), da média de reajuste das contas de luz não superarem
40%, em 2015. A informação é do ministro Eduardo Braga, que participou hoje (4)
da cerimônia de posse de Vital do Rêgo Filho no Tribunal de Contas da União.
“Na realidade, o que está acontecendo é que houve alguns reajustes que
aconteceram ordinários, anteriores ao processo de renegociação do
financiamento” de R$ 17,8 bilhões, feitos por distribuidoras de energia junto a
bancos, em 2013, disse o ministro. Ele acrescentou que para os próximos 12
meses o governo acredita que o impacto dos reajustes será o já divulgado.
“Teremos de esperar as compensações desses números nos próximos
reajustes para termos o reajuste médio. Continuamos dizendo que, pelos estudos
do MME, os reajustes médios serão inferiores a esse número [40%]”, acrescentou.
Entre os reajustes anunciados pela Aneel, o da CPFL Jaguari foi o mais alto,
com um efeito médio de 45,4%. Para consumidores de alta tensão, o efeito médio
será 48,85%.
Segundo o diretor da agência, Romeu Rufino, esse aumento não indica uma
tendência. Ele disse que se trata de uma situação específica de uma
distribuidora que vinha cobrando valores mais baixos. Sobre a saída da
presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, o ministro evitou fazer
qualquer comentário. Ela e cinco diretores da empresa renunciaram ao cargo hoje
(4). O Conselho de Administração da companhia se reúne na próxima sexta-feira
para a escolha dos novos executivos que ficarão no comando da companhia.
O Imparcial
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