A respeito de matéria veiculada no jornal O Estado do
Maranhão, no dia 4 de outubro de 2013, intitulada “Candidatura de Dino leva
emissoras de rádios para a ilegalidade”, acusando o pré-candidato a governador
Flavio Dino (PCdoB) de utilizar emissoras comunitárias para veicular suposto
“programa eleitoral fora de época”, a Associação Brasileira de Rádios
Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA) tem a dizer:
1 – A Abraço sempre defendeu a democratização da
comunicação como plataforma fundamental no processo de construção da cidadania
e de uma sociedade participativa e plural;
2 – Entendemos as rádios comunitárias como um
movimento organizado na sociedade civil, formado por diversas pessoas físicas e
jurídicas (entidades associativas, religiosas, artísticas, esportivas etc) de
diferentes formação política e visões de mundo;
3 – Portanto, não configura nenhuma ilegalidade a
veiculação de programas informativos que atualizem os ouvintes sobre a
realidade do Maranhão, mesmo que se contraponham aos interesses oficiais;
4 – As tentativas de criminalizar as rádios
comunitárias sempre foram uma constante por parte dos monopólios de mídia, que
não admitem o contraditório e a pulsação de outras vozes fora do controle do
coronelismo eletrônico, tão forte no espectro midiático maranhense;
5 – As rádios comunitárias já foram acusadas até de
derrubar avião e de interferir nos sinais de televisão comercial, sempre com o
objetivo de imputar crime às pequenas emissoras, processar e condenar as
comunicadoras e os comunicadores populares;
6 – Nesse contexto, a Abraço reitera o entendimento de
que as emissoras comunitárias cumprem um importante papel no processo de
democratização da comunicação e une-se às mídias livres, movimentos sociais,
homens e mulheres que atuam e desejam a diversidade de opiniões, a pluralidade
de vozes e a liberdade de expressão.
São Luís, 17 de outubro de 2013.
A Diretoria da ABRAÇO - MA
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