A juíza Larissa Tupinambá foi assediada sexualmente pelo prefeito de Santa Inês,
Ribamar Alves (PSB), durante uma audiência no fórum da cidade, nesta
quinta-feira (19), é o que afirma a Associação dos Magistrados do
Maranhão (AMMA) por meio de nota enviada à imprensa. O caso ocorreu
nesta quinta-feira em Santa Inês, quando o prefeito teria buscado a
juíza para tratar de assuntos municipais.
O G1 entrou em contato com o presidente da Associação
Gervásio Protássio dos Santos Júnior por telefone. “Foi um atentado
contra o gênero feminino, contra a mulher, mais que um atentado contra
os magistrados. Não podemos aceitar um comportamento desses”, declarou o
presidente Gervásio Santos.
Por meio de nota, a AMMA repudiou o ocorrido e informou que além de
prestar assistência jurídica, vai acompanhar o caso no âmbito da esfera
competente. Ainda segundo a nota, já foi instaurado o procedimento para
apuração do caso e a Associação espera uma punição rigorosa. Veja a
íntegra da nota abaixo.
O prefeito nega acusação de assédio. O G1 entrou em contato com a assessoria do prefeito, que negou o ocorrido.
O G1 tentou contato com a juíza por telefone. O marido dela, Geraldo Castro Sobrinho, secretário de Educação de São Luís, informou que a magistrada não irá se pronunciar sobre o assunto.
Também por telefone, o delegado regional de Santa Inês, Walter Costa,
informou que não há registro do caso na Polícia. “Não estou sabendo
oficialmente de nada”, completou.
Veja a nota da AMMA na íntegra:
"Associação dos Magistrados do Maranhão
(AMMA) vem a público repudiar a atitude reprovável, sob todos os
aspectos, do Prefeito Municipal de Santa Inês, José Ribamar Alves, que,
nesta quinta-feira (19), a pretexto de tratar de assuntos relacionados à
municipalidade, procurou a Juíza da 2ª Vara daquela Comarca, Larissa
Tupinambá Castro, sendo por ela recebido no seu gabinete, oportunidade
em que, ultrapassando todos os limites da ética e da moralidade,
assediou a magistrada e, em seguida, segurando-a, à força, desferiu-lhe
um beijo, tendo sido imediatamente repelido.
Após a intervenção dos funcionários, alertados pelo pedido de
socorro da magistrada, o fato foi levado imediatamente ao conhecimento
da autoridade policial que já instaurou o procedimento para apuração da
conduta delituosa, com a consequente adoção das demais medidas legais.
Trata-se de questão de gênero, onde a magistrada foi atingida em
sua dignidade, merecendo, a exemplo de situações assemelhadas de que são
vítimas inúmeras mulheres, rigorosa punição .
A AMMA se solidariaza com a sua associada Larissa Tupinambá Castro,
a quem prestará a assistência jurídica necessária e acompanhará o caso
no âmbito da esfera competente."
Fonte: G1 Maranhão
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