Vice-governador Washington Luiz diz que disputas internas tem atrapalhado desenvolvido do partido, por conta disso ainda é impossível imaginar uma candidatura majoritária
Considerado o principal nome do PT no estado na atualidade, por conta do cargo que ocupa e por sua representatividade no plano nacional, o vice-governador Washington Luiz fala com exclusividade a O Imparcial, que no Maranhão o seu partido tem que colocar em prática o dialogo para discutir propostas políticas e não só viver de disputar o poder internamente. Por conta desse embate não é possível construir um plano de governo e muito menos lançar uma candidatura própria ao governo do estado.
Em relação as disputas do próximo ano, Washington diz que o momento agora é de se concentrar na disputa do PED (Processo de eleição direta), que irá eleger o novo comando do PT no Maranhão, porém defende a manutenção da aliança nacional. O petista ainda fala que o foco principal da legenda será aumentar sua representatividade na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.
Washington ainda defende uma mudança na reforma política do país e que o seu partido já apresentou repetidas vezes o projeto, mas que a oposição vem atrapalhando a votação e não só nesse assunto, mas também impedido os avanços na saúde, educação, segurança e mobilidade urbana. Porém destaca que os governos do PT foram os que mais combateram a corrupção no país.
O Imparcial - O senhor disse que mantém o desejo de que o PT volte a ter uma unidade. Agora as vésperas das eleições do Diretório Estadual do partido, oito chapas se apresentaram a disputa, como buscar o entendimento entre tantas tendências?
Washington Luiz - Minha visão é que o PT só será alternativa de poder se tiver como base a unidade interna e estabelecer um projeto para isso. Hoje o PT não tem um projeto para governar o estado, isto é causado por uma desavença interna, por uma extrema polarização por conta de diversos grupos políticos, isto se reflete quando o ocorre o PED (Processo de eleição direta), onde quase uma dezena de chapas se apresenta para a disputa. No meu entendimento, muitas dessas chapas tem muito em comum e a polarização ocorre de forma bem despolitizada, de forma maniqueísta, uns são acusados de sarneysistas e outros de não-sarneysistas. Então falta uma analise da política, da conjuntura econômica do estado, uma visão do projeto nacional e isso tem enfraquecido o partido, infelizmente nós vivemos os últimos 20 anos nessa polarização. Eu sinto que há uma ansiedade na base do PT de buscar a unidade livre, por isso continuo levantando essa bandeira. Devemos buscar um debate político com todo o partido, onde tenhamos como centro, pontos comuns entre os membros para que possamos unificar as diversas correntes e tendências que tem dentro do partido. Mas não é simples, existe a necessidade de um amadurecimento político.
Então atualmente, dentro do PT existe mais disputa pelo poder interno do que uma disposição para o debate de propostas políticas?
É verdade! E infelizmente essa busca de poder é somente interna, pois se fosse externa nós estaríamos em outro patamar e teríamos um debate político mais rico. O que devemos discutir é sobre o caráter do Partido dos Trabalhadores. O PT nasceu oriundo dos movimentos sociais, contra a ditadura militar, do embate das classes operárias contra as elites, o movimento camponês por reforma agrária, a luta dentro das universidades que buscava a democracia etc, então tudo isso permitiu a criação desse partido e hoje mantemos esses ideais de lutar por um Brasil mais justo, desenvolvido, com menos desigualdade social, trazendo o crescimento e o desenvolvimento econômico para todos e não só para minorias, como aconteceu em todos os governos anteriores ao do PT. Por isso que o nosso debate deveria ser primeiro esse, para aí sim discutir amplas alianças, uma vez que ninguém governa sozinho, mas sim, com base na necessidade de mudar o Brasil.
Então o senhor está dizendo que o PT perdeu sua identidade?
De forma alguma! O PT é o partido que mais se identifica com a população brasileira. O PT é o partido preferido da população brasileira. Os objetivos do PT permanecem os mesmo desde quando foi fundado em 1981. Os nossos governos tem promovidos mudanças radicais em nossa sociedade, temos hoje um país mais justo, mais igualitário. O Brasil mudou e claro que o PT teve que se adaptar, não vivemos mais na época da ditadura militar, então nossas lutas também mudaram.
Em relação à disputa interna do PT no Maranhão. Ainda é possível pensar que possa existir um dialogo entre as chapas postas para a eleição?
Durante todos esses anos, eu sempre defendi a bandeira do dialogo, por exemplo, eu fui muito atacado dentro do PT, mas nunca revidei. Sempre tive a visão que não deveríamos ter essas características de brigas internas de um nível tão desqualificado, pois isso pega mal para a população que acompanha todo esse debate. O nosso partido tinha a possibilidade de governar o estado, mas para isso precisamos ter uma visão mais ampla. Infelizmente ainda não conseguimos, por isso nesse PED estou defendendo a bandeira da unidade. Nós visamos agora dialogar diretamente com a base do partido, por isso a chapa por qual eu concorro não é apenas de uma tendência, tem uma proposta de elaborar um projeto para eleger a presidente Dilma, uma bancada federal e estadual muito forte, pois precisamos fazer uma reforma estrutural que é necessária para o país. O futuro do país, passa pelo PT, temos que reformar a política, pois esse modelo que está posto não serve mais. Esse sistema político está ultrapassado, nós do PT estamos lutando para modificar essa realidade.
Em relação as disputas do próximo ano, Washington diz que o momento agora é de se concentrar na disputa do PED (Processo de eleição direta), que irá eleger o novo comando do PT no Maranhão, porém defende a manutenção da aliança nacional. O petista ainda fala que o foco principal da legenda será aumentar sua representatividade na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.
Washington ainda defende uma mudança na reforma política do país e que o seu partido já apresentou repetidas vezes o projeto, mas que a oposição vem atrapalhando a votação e não só nesse assunto, mas também impedido os avanços na saúde, educação, segurança e mobilidade urbana. Porém destaca que os governos do PT foram os que mais combateram a corrupção no país.
O Imparcial - O senhor disse que mantém o desejo de que o PT volte a ter uma unidade. Agora as vésperas das eleições do Diretório Estadual do partido, oito chapas se apresentaram a disputa, como buscar o entendimento entre tantas tendências?
Washington Luiz - Minha visão é que o PT só será alternativa de poder se tiver como base a unidade interna e estabelecer um projeto para isso. Hoje o PT não tem um projeto para governar o estado, isto é causado por uma desavença interna, por uma extrema polarização por conta de diversos grupos políticos, isto se reflete quando o ocorre o PED (Processo de eleição direta), onde quase uma dezena de chapas se apresenta para a disputa. No meu entendimento, muitas dessas chapas tem muito em comum e a polarização ocorre de forma bem despolitizada, de forma maniqueísta, uns são acusados de sarneysistas e outros de não-sarneysistas. Então falta uma analise da política, da conjuntura econômica do estado, uma visão do projeto nacional e isso tem enfraquecido o partido, infelizmente nós vivemos os últimos 20 anos nessa polarização. Eu sinto que há uma ansiedade na base do PT de buscar a unidade livre, por isso continuo levantando essa bandeira. Devemos buscar um debate político com todo o partido, onde tenhamos como centro, pontos comuns entre os membros para que possamos unificar as diversas correntes e tendências que tem dentro do partido. Mas não é simples, existe a necessidade de um amadurecimento político.
Então atualmente, dentro do PT existe mais disputa pelo poder interno do que uma disposição para o debate de propostas políticas?
É verdade! E infelizmente essa busca de poder é somente interna, pois se fosse externa nós estaríamos em outro patamar e teríamos um debate político mais rico. O que devemos discutir é sobre o caráter do Partido dos Trabalhadores. O PT nasceu oriundo dos movimentos sociais, contra a ditadura militar, do embate das classes operárias contra as elites, o movimento camponês por reforma agrária, a luta dentro das universidades que buscava a democracia etc, então tudo isso permitiu a criação desse partido e hoje mantemos esses ideais de lutar por um Brasil mais justo, desenvolvido, com menos desigualdade social, trazendo o crescimento e o desenvolvimento econômico para todos e não só para minorias, como aconteceu em todos os governos anteriores ao do PT. Por isso que o nosso debate deveria ser primeiro esse, para aí sim discutir amplas alianças, uma vez que ninguém governa sozinho, mas sim, com base na necessidade de mudar o Brasil.
Então o senhor está dizendo que o PT perdeu sua identidade?
De forma alguma! O PT é o partido que mais se identifica com a população brasileira. O PT é o partido preferido da população brasileira. Os objetivos do PT permanecem os mesmo desde quando foi fundado em 1981. Os nossos governos tem promovidos mudanças radicais em nossa sociedade, temos hoje um país mais justo, mais igualitário. O Brasil mudou e claro que o PT teve que se adaptar, não vivemos mais na época da ditadura militar, então nossas lutas também mudaram.
Em relação à disputa interna do PT no Maranhão. Ainda é possível pensar que possa existir um dialogo entre as chapas postas para a eleição?
Durante todos esses anos, eu sempre defendi a bandeira do dialogo, por exemplo, eu fui muito atacado dentro do PT, mas nunca revidei. Sempre tive a visão que não deveríamos ter essas características de brigas internas de um nível tão desqualificado, pois isso pega mal para a população que acompanha todo esse debate. O nosso partido tinha a possibilidade de governar o estado, mas para isso precisamos ter uma visão mais ampla. Infelizmente ainda não conseguimos, por isso nesse PED estou defendendo a bandeira da unidade. Nós visamos agora dialogar diretamente com a base do partido, por isso a chapa por qual eu concorro não é apenas de uma tendência, tem uma proposta de elaborar um projeto para eleger a presidente Dilma, uma bancada federal e estadual muito forte, pois precisamos fazer uma reforma estrutural que é necessária para o país. O futuro do país, passa pelo PT, temos que reformar a política, pois esse modelo que está posto não serve mais. Esse sistema político está ultrapassado, nós do PT estamos lutando para modificar essa realidade.
Na disputa pelo comando do Diretório Estadual do PT, o senhor participa de uma chapa que resume sua tese afirmando que o foco é a manutenção do projeto nacional. Não existe um projeto local?
O PT é um partido nacional em primeiro lugar e em segundo, o Maranhão não está isolado do Brasil. O nosso estado integra a Federação da República Brasileira, portanto ao manter um projeto de desenvolvimento para o nosso país, automaticamente estamos pensando nesse desenvolvimento no estado. Também não concordo com essa extremalização da política, acredito que maus ou bons governantes são frutos de uma estrutura que existe. O sistema eleitoral é um dos contribuem com a eleição de maus políticos. Por isso entendo que não é personalizando ou responsabilizado o Sarney como a oposição faz, exclusivamente, que vão resolver os problemas do Maranhão. Aliás, eles já governaram o estado e isso desconstrói a tese de que o grupo Sarney governou o Maranhão por 40 anos. Por isso nós defendemos que temos atacar um conjunto de problemas presentes no país. Por isso nossa orientação vem do PT nacional, afinal nós não somos dissidentes.
E qual será o papel do PT em 2014?
O PT é um partido nacional em primeiro lugar e em segundo, o Maranhão não está isolado do Brasil. O nosso estado integra a Federação da República Brasileira, portanto ao manter um projeto de desenvolvimento para o nosso país, automaticamente estamos pensando nesse desenvolvimento no estado. Também não concordo com essa extremalização da política, acredito que maus ou bons governantes são frutos de uma estrutura que existe. O sistema eleitoral é um dos contribuem com a eleição de maus políticos. Por isso entendo que não é personalizando ou responsabilizado o Sarney como a oposição faz, exclusivamente, que vão resolver os problemas do Maranhão. Aliás, eles já governaram o estado e isso desconstrói a tese de que o grupo Sarney governou o Maranhão por 40 anos. Por isso nós defendemos que temos atacar um conjunto de problemas presentes no país. Por isso nossa orientação vem do PT nacional, afinal nós não somos dissidentes.
E qual será o papel do PT em 2014?
Nós estamos aproveitando o PED para discutir a nossa participação em 2014. Nós vamos seguir a estratégia nacional, reeleição da presidente Dilma e no Maranhão seguiremos a orientação nacional. Mas tudo isso depende muito do resultado final do PED. Nós estamos conduzindo isso com muita tranquilidade, nossa prioridade será eleger uma bancada federal e estadual forte. O PT não tem condição de lançar candidatura própria, por isso eu acho as teses mais coerentes àquelas que defendem a aliança com o PMDB e PC do B, pois mostram a cara e não ficam criando subterfúgio. Deixamos claro que o PT não entra em aventura, o diretório nacional não permitirá que o PT faça uma aventura. Eu acredito que o PT tem condições de fazer 4 ou 5 deputados federais, afinal nas eleições passadas mesmo de forma dilacerada elegemos 3 estaduais e 1 federal. Agora de forma mais organizada, tenho certeza que iremos aumentar nossa representatividade. A minha chapa defende a aliança com o PMDB, que é a orientação nacional. Nós só exigimos da executiva nacional do PT, a preocupação com o desenvolvimento do nosso estado e país.
Existe a possibilidade de um dialogo com o PC do B?
Nós temos uma aliança com o PMDB, que visa garantir a governabilidade no plano nacional e no estadual. Não queremos criar nenhuma ruptura no nosso projeto nacional.
É possível o PSDB entrar nessa aliança que já está consolidada entre PT e PMDB?
É possível o PSDB entrar nessa aliança que já está consolidada entre PT e PMDB?
Se isso acontecer vai criar uma grande confusão em nossa aliança. Nós temos uma visão de política que combate o neoliberalismo. Se pessoas do PSDB querem apoiar a nossa coligação, não tem nenhum problema, mas o partido PSDB integrar essa aliança eu vejo muito complicada tanto para o PSDB como para o PT.
Qual o caminho do Washington em 2014?
Eu venho afirmando que não estou pensando ainda em 2014. O meu foco agora é o fortalecimento do meu partido. Eu quero buscar uma ampla unidade do partido e quero sinalizar para todos os companheiros de todas as chapas, que encontremos um dialogo. Nós temos mais pontos de convergência do que divergência. Devemos valorizar o que pode nos unir. Por isso quero convocar todos os nossos companheiros para caminharmos juntos, não para beneficiar somente o PT, mas sim a população. E nós temos feito isso, esse governo que o PT faz parte aqui no estado tem preparado o Maranhão para o crescimento e desenvolvimento social. Nós temos que estar juntos nesse projeto.
Se o PT visa manter a aliança com o PMDB no Maranhão é fundamental que a vaga de vice seja do seu partido?
Não vejo assim. Temos que nos preocupar mais com a eleição de nossos parlamentares. Temos que contribuir para eleger um governador que tenha sintonia com o nosso projeto nacional. Não vejo a obrigatoriedade do PT ter uma vaga de vice-governador nesse processo. Mas esse é um debate para o partido.
Em relação a queda da popularidade da Dilma. Como o PT analisa essa situação?
Isso é fruto da crise econômica. É momentâneo. A ação do governo federal tem uma coerência e continuidade, tanto que a inflação vem diminuindo. Por isso hoje temos a certeza da recuperação da popularidade da Dilma e isso ocorreu no governo do Lula. Nós sabemos da esperança do povo brasileiro que aprova o governo do PT. Pois eles sabem que estamos mudando a história do país e tenho certeza que a população não vai arriscar a trajetória do país, elegendo um candidato aventureiro. E todos sabem que os problemas que o PT não resolveu, foi por conta da oposição, que sempre votou contra as melhorias sugeridas pelo PT. Com royalties para saúde e educação, vamos alavancar essa melhoria que a população tanto quer. Também estamos focados em temas como segurança e mobilidade urbana. E vale lembrar que o governo do Lula e da Dilma foi o que mais combateu a corrupção no país, pois antes existia um aparelhamento da mídia e de órgãos públicos que encobriam a corrupção. Mas devemos continuar enfrentando esse problema que atinge o nosso país.
Qual o caminho do Washington em 2014?
Eu venho afirmando que não estou pensando ainda em 2014. O meu foco agora é o fortalecimento do meu partido. Eu quero buscar uma ampla unidade do partido e quero sinalizar para todos os companheiros de todas as chapas, que encontremos um dialogo. Nós temos mais pontos de convergência do que divergência. Devemos valorizar o que pode nos unir. Por isso quero convocar todos os nossos companheiros para caminharmos juntos, não para beneficiar somente o PT, mas sim a população. E nós temos feito isso, esse governo que o PT faz parte aqui no estado tem preparado o Maranhão para o crescimento e desenvolvimento social. Nós temos que estar juntos nesse projeto.
Se o PT visa manter a aliança com o PMDB no Maranhão é fundamental que a vaga de vice seja do seu partido?
Não vejo assim. Temos que nos preocupar mais com a eleição de nossos parlamentares. Temos que contribuir para eleger um governador que tenha sintonia com o nosso projeto nacional. Não vejo a obrigatoriedade do PT ter uma vaga de vice-governador nesse processo. Mas esse é um debate para o partido.
Em relação a queda da popularidade da Dilma. Como o PT analisa essa situação?
Isso é fruto da crise econômica. É momentâneo. A ação do governo federal tem uma coerência e continuidade, tanto que a inflação vem diminuindo. Por isso hoje temos a certeza da recuperação da popularidade da Dilma e isso ocorreu no governo do Lula. Nós sabemos da esperança do povo brasileiro que aprova o governo do PT. Pois eles sabem que estamos mudando a história do país e tenho certeza que a população não vai arriscar a trajetória do país, elegendo um candidato aventureiro. E todos sabem que os problemas que o PT não resolveu, foi por conta da oposição, que sempre votou contra as melhorias sugeridas pelo PT. Com royalties para saúde e educação, vamos alavancar essa melhoria que a população tanto quer. Também estamos focados em temas como segurança e mobilidade urbana. E vale lembrar que o governo do Lula e da Dilma foi o que mais combateu a corrupção no país, pois antes existia um aparelhamento da mídia e de órgãos públicos que encobriam a corrupção. Mas devemos continuar enfrentando esse problema que atinge o nosso país.
Fonte: O Imparcial
Nenhum comentário:
Postar um comentário