SÃO LUÍS – A segunda etapa anual da campanha de
vacinação contra a febre aftosa terá início nesta sexta-feira (1º) e
segue até o dia 30 de novembro. Todo o rebanho bovino e bubalino do
Estado deve ser vacinado no período da campanha, sob pena do criador
inadimplente ser multado e ficar impedido de movimentar o rebanho em
áreas fora de sua propriedade.
Segundo dados do
último levantamento realizado pela Agência Estadual de Defesa
Agropecuária do Estado do Maranhão (Aged), o Estado possui um rebanho de
7.508.400 de cabeças de bovídeos (boi e búfalos), das quais 96,06%
foram vacinadas na última campanha realizada em maio deste ano.
"Na
última campanha vivíamos a expectativa pela elevação da classificação
sanitária do Estado como zona livre nacional de febre aftosa, o que
aconteceu em setembro deste ano. A obrigatoriedade da vacinação
permanece, assim como em praticamente todos os Estados brasileiros que
conquistaram a Zona Livre - apenas Santa Catarina é dispensada da
obrigatoriedade da vacinação anual - porém, brevemente esperamos receber
a Certificação Internacional de Zona Livre, o que, apesar de não nos
eximir do dever de imunizar o rebanho, nos permitirá exportar nosso gado
para os principais mercados compradores de carne do mundo", destacou o
secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio
Azevedo.
Recentemente a Fazenda Serra Vermelha, do
município de Sambaíba, na região sul do Estado, negociou dois mil
animais mestiços da raça nelore para serem enviados para abate imediato
em Araguaína, no Tocantins. A negociação já foi reflexo da nova
classificação sanitária do estado, que ampliou de 10 para 25 os estados
com os quais o Maranhão pode comercializar animais para abate.
"A
conquista da zona livre nacional já começou a abrir o nosso mercado
para o restante do país. Além da comercialização dos animais para abate
imediato, o estado já está recebendo novos investimentos e
empreendimentos do setor frigorífico e laticínio. A tendência é que o
setor pecuário fique ainda mais aquecido no próximo ano", espera Cláudio
Azevedo.
O diretor-geral da Aged, Fernando Lima,
alerta que, ao contrário de campanhas anteriores, não será possível
estender o período oficial de campanha desta vez, devendo o criador
ficar atento aos prazos-limites para vacinação (30 de novembro) e
comprovação da imunização do rebanho nos escritórios da Aged. "Como
estamos concorrendo à Certificação Internacional, teremos que cumprir
rigorosamente os prazos impostos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, pois, em fevereiro de 2014, receberemos uma
comissão europeia que avaliará se os estados que subiram de status
sanitário, entre eles o Maranhão, de fato erradicaram a febre aftosa e
tem condições de manter esse controle sanitário", explicou o diretor.
Juntamente
com o Maranhão foram certificados nacionalmente, como zonas livres de
febre aftosa com vacinação, os Estados do Pará, Ceará, Piauí,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. A Assembleia Geral
da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que decidirá se os estados
receberão ou não a Certificação Internacional de Zona Livre da doença,
está marcada para ocorrer em maio de 2014.
Fonte: Imirante
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