O Ministério da Educação (MEC) e Ministério da
Justiça formarão um grupo para analisar as mensalidades cobradas pelos cursos
superiores financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O
objetivo é evitar cobranças abusivas que comprometam tanto a oferta do
financiamento como o pagamento futuro pelos estudantes. O grupo vai também
propor melhorias ao programa.
A portaria que será publicada amanhã (23) no
Diário Oficial da União é assinada conjuntamente pelo MEC e pela Secretária
Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. O grupo vai analisar a
composição e a evolução dos preços das mensalidades dos cursos superiores e
terá 60 dias para concluir o trabalho.
"É mais uma ação estruturante para garantir a tranquilidade dos estudantes e instituições. É preciso ter em mente que se trata de um financiamento, que terá que ser pago pelo estudante no futuro", diz o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa.
Uma vez que não há número limite de novas vagas, mas sim limite financeiro para contratações, reajustes menores poderão proporcionar um maior número de financiamentos.
Após estipular mudanças na concessão do Fies, o MEC restringiu o financiamento a reajustes das mensalidades em até 6,4%, que equivale à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014.
A alteração, que foi feita já em 2015, gerou embate com as instituições de ensino que reajustam as mensalidades anualmente, no final do ano. Os valores para 2015 já estavam definidos no final de 2014 e, segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (AMBES), tiveram, em média, reajuste de 10%.
O MEC diz que segue em diálogo com as instituições, em reuniões individuais, analisando caso a caso.
O Fies oferece cobertura da mensalidade de cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições. Até o momento, o Sistema registrou pelo menos 196 mil contratos novos.
O Imparcial
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