Cerca de 4,9 milhões de pessoas no Sudão do Sul, o correspondente a
mais de um terço da população do país, localizado no Nordeste da África,
poderão enfrentar severa falta de alimentos nos próximos meses. O
alerta é das várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU),
segundo as quais o nível de insegurança alimentar no país atingiu o
ponto mais alto desde o início dos conflitos armados na região, há mais
de três anos. As informações são da Rádio ONU em Nova York.
O
governo do Sudão do Sul já declarou situação de fome em algumas regiões
do centro-norte do país. No total, a mais nova nação do mundo tem cerca
de 100 mil pessoas nessa situação. Segundo as Nações Unidas, mais de 1
milhão de pessoas estão peito de passar fome devido a uma combinação
perversa de guerra civil e colapso econômico.
A declaração formal
da situação de fome em áreas do país indica que já começam a morrer
pessoas na que é considerada "a pior catástrofe" desde o início do
conflito civil. O quadro integrado de classificação da segurança
alimentar indica que 4,9 milhões de pessoas precisam de alimentos no
país.
O alerta das agências humanitárias é de que a crise pode se
espalhar se não houver ajuda. A Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação (PMA) querem
medidas urgentes na área para evitar a morte de mais pessoas.
Sofrimento persisente
Com
uma assistência adequada e sustentada, a ser dada com urgência, a
situação de fome pode melhorar nos próximos meses e ser atenuado o
sofrimento das vítimas, alertam as agências da ONU. Porém, se nada for
feito para reduzir a expansão da insegurança alimentar, prevê-se que 5,5
milhões de pessoas possam enfrentar essa situação durante o auge da
temporada de escassez, em julho próximo.
Agência Brasil
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