A partir de hoje (8), está mais fácil bloquear celulares roubados,
extraviados ou perdidos, bastando apenas ao usuário informar o número da
linha para a operadora. Antes, era necessário anunciar os cerca de 15
números que compõem o identificador chamado Imei – espécie de chassi dos
aparelhos, que pode ser visualizado ao se digitar *#06#. Ele também
pode ser localizado na parte traseira do aparelho, em geral perto da
bateria, caso o celular esteja descarregado.
De acordo com a
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o bloqueio pode ser feito
junto às operadoras e, também, na Polícia Civil da Bahia, Ceará e
Espírito Santo, onde já há acesso ao sistema. Em breve, o mesmo poderá
ser feito nas delegacias de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São
Paulo, bem como por meio da Polícia Federal.
Basta ao usuário
fazer uma ocorrência nas delegacias para, automaticamente, o celular ser
incluído em uma lista que contém aparelhos roubados, extraviados ou
perdidos tanto em território nacional como em 44 outros países. No caso
de aparelhos com dois chips, o ideal é informar o número das linhas às
duas operadoras.
Fechando o cerco
“Estamos
adotando duas formas de combate a roubos e furtos. A primeira, bastando
apresentar às operadoras ou delegacias o número do celular, em vez dos
15 números do identificador, para bloqueá-lo. A segunda, ao obrigarmos
que transportadores e lojistas incluam, na nota fiscal, esse
identificador. Isso possibilitará a identificação dos aparelhos em caso
de roubo de cargas ou em lojas varejistas”, disse o presidente da
Anatel, João Rezende, ao anunciar as medidas hoje em Brasília.
A
fim de evitar que as pessoas adquiram celulares roubados, foi
disponibilizada, na internet, uma página na qual é possível saber se os
identificadores Imei estão bloqueados. A consulta pode ser feita pelo
site www.consultaaparelhoimpedido.com.br.
“Para
saber o número de identificador, basta digitar *#06# no próprio
aparelho celular”, informou Rezende. Segundo o superintendente de
Planejamento e Regulamentação da Anatel, Alexandre Bicalho, “o roubo de
celulares já estava virando uma indústria no país”, inclusive, com a
comercialização de aparelhos roubados no exterior.
“Por isso, a
consulta [sobre aparelhos bloqueados] terá também uma base internacional
com mais de 30 milhões de registros de celulares roubados em 44
países”, disse o superintendente da Anatel.
Nos casos em que a
pessoa perdeu e, depois, encontrou o aparelho, será possível fazer o
desbloqueio junto à operadora. Já os aparelhos roubados que tenham sido
localizados pela polícia poderão ser devolvidos ao proprietário
original. “Para isso, basta a boa vontade do policial ou de quem [na
consulta] descobrir que o celular está bloqueado”, finalizou Bicalho.
Agência Brasil
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