A greve nacional, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE), para os próximos dias 15, 16 e 17 de março,
mobilizará professores, especialistas e funcionários da educação contra a
perda de direitos da categoria. No Maranhão, a direção do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação em Pública do Maranhão (SINPROESEMMA)
aderiu à greve nacional e dará início às atividades com panfletagem na
praça Deodoro, centro de São Luís, na terça-feira (15), a partir das 8h.
“Vamos unificar as pautas de reivindicação nacional com a nossa
campanha salarial da rede estadual, que é composta por 25 itens”,
explica Júlio Pinheiro, presidente do SINPROESEMMA,
apontando para o reajuste salarial de 11,36% e o pagamento das
progressões salariais, fruto do acordo da greve vitoriosa de 2013, como
prioridades da pauta estadual.
Em nível nacional, a greve cobrará a aplicação da Lei nº 11.738/2008,
conhecida como Lei do Piso. Nos três dias, os educadores defenderão o
cumprimento da legislação criada no governo Lula e aprovada em 2008,
pela qual a categoria conquistou o acesso à redução da carga horária
dentro de sala de aula e a recomposição salarial anual.
Em cada estado, os sindicatos reforçarão a defesa pela manutenção do
critério do reajuste salarial anual dos professores, fórmula que é alvo
de ataques por parte de prefeitos e governadores. Desde a aprovação da
lei, gestores têm negado a concessão do reajuste salarial da categoria e
defendem que o índice do Ministério da Educação (Mec) seja somente a
inflação, o que ferirá o princípio de equiparação da carreira do
magistério as demais profissões com nível superior, como prevê a meta 17
do Plano Nacional de Educação (PNE).
Já em algumas redes municipais, além do reajuste, o principal foco
será a reserva do tempo de trabalho para o planejamento das aulas.
Segundo a legislação em vigor, a jornada de trabalho dos professores
deveria ser fixada atendendo ao percentual mínimo de um terço da carga
horária para a preparação das aulas, o que é descumprimento por boa
parte dos gestores municipais.
Outro protesto da greve nacional será contra as propostas de
parcelamento de salários e falta de pagamento do décimo terceiro dos
trabalhadores em educação, como já ocorre em algumas prefeituras do
Maranhão. Sem planejamento e com desvios de recursos, está cada vez mais
comum o não cumprimento do calendário de pagamento do funcionalismo
público da educação.
Fonte: http://sinproesemma.org.br
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