Em manifestação com a avenida Paulista repleta nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que aceitou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff para tentar instalar a paz.
De
acordo com levantamento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), mais
de 250 mil pessoas participam de ato pela democracia na Avenida
Paulista, em São Paulo. Até as 20h, não havia um levantamento da Polícia
Militar (PM). Aconteceram manifestações em todos os estados do país e
no Distrito Federal.
"Eu entrei para ajudar a
presidenta Dilma porque acho que a gente tem que restabelecer a paz para
provar que esse país é maior que qualquer crime no planeta terra, que
vai crescer e sobreviver."
Para
ele, os opositores têm o direito de se manifestarem, mas que os
opositores políticos não aceitaram os resultados das eleições e que eles
pregam violência.
"Tem gente
que prega a violência contra nós 24 horas por dia. Tem gente nesse país
que falava em democracia da boca para fora. Eu pedi eleição em 1989, em
1994, em 1998. Já tinha perdido em 1982 para o governo de São Paulo. Em
nenhum momento vocês viram eu ir para a rua protestar contra quem
ganhou."
Ele também disse não querer
votos dos adversários, mas que seja respeitada a democracia: "Eu não
quero que o eleitor do Aécio vote em mim. Eu quero que todos compreendam
que democracia é conviver com a diversidade".
Ainda
com a possibilidade de assumir o cargo como ministro passando por
indefinição, Lula disse que voltaria à Brasília "orgulhosamente".
"Terça-feira, se não houver impedimento, eu estarei orgulhosamente
servindo a minha presidenta Dilma, porque estarei servindo o povo
brasileiro, o trabalhador brasileiro. Se eu não acreditasse nisso eu não
teria aceito."
"Vim pensando
como falar sem ficar nervoso. Na hora que a companheira Dilma me
chamou, relutei muito desde agosto do ano passado a aceitar voltar ao
governo. Ao aceitar voltei a ser Lulinha paz e amor. Não vou para
brigar, vou ajudar a companheira Dilma a fazer as coisas que tem que
fazer nesse país. Não vou achando que os que não gostam de nós são menos
brasileiros que nós."
"O que
vocês estão fazendo hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma
lição para aqueles que não acreditam na capacidade do povo brasileiro. O
povo brasileiro aprendeu que democracia não é um direito morto sem
nunca ter sido regulamentado na Constituição. Não quer ter direito
apenas a comida, quer comer e estudar de verdade. Quer acesso a educação
de verdade."
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