No
Estado, já foram vacinadas cerca de 102,8 mil adolescentes, 49,3% do
público total. Essa pode
ser a primeira geração livre do risco de morrer por câncer do colo
do útero.
Para
garantir 100% de proteção contra o HPV (Papiloma Vírus Humano),
que provoca o câncer do colo do útero, as meninas de 11 a 13 anos
precisam tomar todas as doses previstas na vacinação: a segunda,
seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos
depois. Mais de 2,2 milhões de meninas já tomaram a segunda dose da
vacina contra o HPV desde o início da nova fase da campanha, em 1º
de setembro. O número representa 45% do público-alvo, formado por
4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos. No Maranhão, já foram
cerca de 102,8 mil adolescentes, 49,3% do público total.
Embora
a vacina faça parte do Calendário Nacional de Imunização do
Sistema Único de Saúde (SUS) e esteja disponível durante todo o
ano nos postos de vacinação, as adolescentes devem seguir o
cronograma de intervalo entre uma dose e outra. A primeira dose
sozinha não protege contra o vírus. A vacina garante proteção
contra o câncer do colo do útero, terceiro tumor mais frequente na
população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer
no Brasil.
O
ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforça a importância de
convocar os responsáveis pelas adolescentes para que levem as
meninas até os postos de saúde para tomarem a segunda dose. “Eu
peço para que as mães, avós, responsáveis por meninas de 11 a 13
anos, não deixem de levá-las para vacinar. A primeira dose sozinha
não protege contra o vírus. Por isso, é fundamental tomar a
segunda dose. O Ministério da Saúde garante a segurança da vacina.
Atualmente, ela é utilizada em mais de cinquenta países, com cerca
de 175 milhões de doses aplicadas. Vacinar contra o HPV é um gesto
de amor e proteção pelas meninas do nosso país”, enfatiza.
A
segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global
sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa,
a conclusão dos casos de efeitos adversos registrados no Brasil só
reforça a segurança. “O desfecho desses casos, sem qualquer lesão
ou sequela, é uma comprovação que a vacina é segura” salienta,
lembrando que muitas reações são psicológicas, comuns em
vacinação em ambientes fechados como escolas, quarteis e trabalhos.
Para
o secretário, a meta de vacinar 80% das meninas será alcançada.
“Eu não creio que as famílias vão perder esta oportunidade. É
sempre bom lembrar que, apesar dos avanços na redução das mortes
por câncer do colo do útero no Brasil, 14 mulheres morrem todos os
dias com esse tipo de câncer no país”, enfatiza. Desde 10 de
março, quando a imunização passou a ser ofertada gratuitamente no
SUS, 4,7 milhões de meninas receberam a primeira dose, o que
representa 96% do público-alvo.
O
SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra
quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os
subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de
câncer do colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90%
das verrugas anogenitais.
A
vacina contra HPV está disponível nas mais de 36 mil salas de
vacinação espalhadas pelo país. Neste ano, são vacinadas as
adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina
passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em
2016, as meninas de nove anos.
PREVENÇÃO - Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
“A
combinação da vacina com o Papanicolau é perfeita porque protege
as meninas para o futuro. As meninas que tomam a vacina hoje, se ao
chegarem aos vinte e cinco anos, começarem também a fazer o
Papanicolau, praticamente será uma geração livre de câncer de
colo de útero. Isso era algo impensável há 10 anos”, destaca o
ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O
HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas
infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido
da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização
Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são
portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em
relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil
mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto
Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.
Mais
informações
Ministério
da Saúde
(61)
3315-2577/6258/3580
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