A comissão especial do impeachment do
Senado aprovou, na tarde desta sexta-feira, por 15 x 5 votos, o parecer
do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda o
afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). O relatório deve ser lido
na próxima semana no plenário da Casa. A expectativa é de que a peça
seja lida na próxima segunda-feira, dia 09, e a votação ocorra na
próxima quarta-feira, dia 11.
Se aprovada em plenário, a admissão do processo de impeachment
afastará do cargo a presidente, por até 180 dias, até o julgamento do
mérito do processo pela Casa. Durante este período, quem assume a
presidência da República é o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Posicionamento
Os partidos que encaminharam voto favorável à continuidade do
impeachment foram: DEM, PTB, PSDB, PPS, PSB, PMDB, PSD, PP, PR, PSC e
PV. O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que
só votaria em caso de empate. Como a maioria dos deputados aprovaram o
relatório, Lira não manifestou seu posicionamento sobre o processo.
A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) passou mal, precisou de
atendimento médico e não conseguiu votar. No lugar dela, o suplente
Hélio Jose (PMDB-DF) deu parecer positivo ao prosseguimento do
impeachment.
Bate-boca
O início da sessão foi marcado por bate-boca entre os senadores
Lindbergh Farias (PT-RJ) e Cássio Cunha Lima (PSDB-MG). O senador tucano
afirmou que levaria Lindbergh ao Conselho de Ética por insinuar que
Aécio Neves defende corte de direitos trabalhistas.
No fim da comissão, Lira declarou: "Cumprimos nosso objetivo. Tenho
certeza que a população brasileira entendeu o nosso trabalho".
O Imparcial
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