A Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou na tarde de hoje
(3) mais um boletim epidemiológico com dados sobre a febre amarela no
estado. São 99 mortes com confirmação para a doença, nas quais 87,8%
envolvem vítimas do sexo masculino com média de idade de 45 anos. Outros
82 óbitos seguem em investigação.
Ao todo, o estado contabiliza 1.063 notificações, das quais 57 foram
descartadas e 260 casos confirmados. Os boletins da SES-MG estão sendo
divulgados às terças e sextas-feiras. O atual surto é considerado o
maior no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a
disponibilizar dados da série histórica. Até então, o ano com a situação
mais grave havia ocorrido em 2000, quando morreram 40 pessoas.
O
total de municípios mineiros com casos confirmados de infecção é 46.
Outras 88 cidades possuem casos suspeitos. Os quadros mais preocupantes
são os de Ladainha, Novo Cruzeiro e Caratinga. Nestas cidades já houve,
respectivamente, 30, 24 e 23 confirmações de febre amarela.
Belo Horizonte ainda não possui nenhuma notificação de infecção em humanos, mas registrou resultado positivo na análise de macacos encontrados mortos . Há algumas semanas, a Secretaria de Saúde da capital mineira informou que cinco moradores foram internados
e já receberam alta. No entanto, todos eles estiveram em áreas
afetadas pelo surto e a hipótese trabalhada é uma possível infecção em
outros municípios.
A febre amarela atinge humanos e macacos. A doença é causada por um vírus da família Flaviviridae
e ocorre em alguns países da América do Sul, América Central e África.
No meio rural e silvestre, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti,
o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Segundo o
Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre
em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas
Gerais são considerados urbanos pelos órgãos públicos.
A
principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O
imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do
Sistema Único de Saúde. A aplicação ocorre em dose única, devendo ser
reforçada após dez anos. No caso de crianças, o Ministério da Saúde
recomenda a administração de uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4
anos.
Agência Brasil
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