No Maranhão, os pecuaristas já sentem os reflexos da operação ‘Carne
Fraca’, da Polícia Federal, que apontou fiscalização irregular em 21
frigoríficos no Brasil. O estado tem um rebanho de 7,6 milhões de
cabeças de gado – sendo que 6,4 milhões de gado de corte e 1,2 milhão
que abastecem o mercado leiteiro.
As principais regiões que mantém a pecuária no estado são a oeste, envolvendo a região Tocantina, a Central e a do médio Mearim, onde os prejuízos são maiores. Em todo o estado, 80% da carne produzida são exportadas para outros estados, principalmente do Nordeste.
As principais regiões que mantém a pecuária no estado são a oeste, envolvendo a região Tocantina, a Central e a do médio Mearim, onde os prejuízos são maiores. Em todo o estado, 80% da carne produzida são exportadas para outros estados, principalmente do Nordeste.
Só a região Tocantina tem 30% de todo o rebanho bovino do Maranhão. A
queda do consumo gera prejuízos no campo que podem chegar a outros
setores da economia regional, segundo pontuou Renato Pereira, presidente
do Sindicato Rural de Imperatriz, MA. “É uma cadeia, onde todos os elos
dela vão ser prejudicados. Os frigoríficos vão deixar de exportar. O
preço para o produtor vai diminuir. É um efeito cascata, progressivo e
se não for estancado logo essa sangria as consequências são
imprevisíveis para a economia do nosso país”, disse.
Além dos prejuízos diretos com a pecuária, depois que a operação carne
fraca foi anunciada, o Maranhão teve outras perdas. Uma grande
exportação de carne, pelo Porto do Itaqui foi adiada. A carne tinha como
origem, o estado do Tocantins, mas a exportação traria faturamento
também para o Maranhão.
Autoridades do setor defendem que a qualidade da carne tem que ser
mantida e que as investigações são necessárias, mas ressaltam que a
pecuária maranhense é feita de maneira séria e seguindo os padrões
exigidos. “Em vez de fazerem uma operação cirúrgica, pegar os culpados e
punir, não. Se joga tudo na grande mídia, se cria um alvoroço danado,
onde menos de 0,1% - são mais de cinco mil estabelecimentos
frigoríficos, hoje, e apenas 21 estão sob suspeita. O Brasil é o maior
exportador de carne e é lógico que a pecuária também fica afetada”
afirmou Márcio Honaiser, secretário de Agricultura e Pecuária do
Maranhão.
Queda contínua
Queda contínua
Nos últimos doze meses o desemprego aumentou em todo o Brasil, inclusive no Maranhão. A primeira consequência foi a queda no consumo de alimentos. A queda no consumo de carne bovina chegou a 3% em 2016 se for comparado com o mesmo período de 2015.
G1 Maranhão
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