Na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou o que já se esperava: Luiz Felipe Scolari é o novo técnico da Seleção Brasileira de Futebol. E Carlos Alberto Parreira será o coordenador do time, em parceria formada para o título da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.
Felipão substituirá Mano Menezes. Inicialmente, a entidade máxima do futebol brasileiro anunciaria o novo nome somente neste mês de janeiro, mas a pressão da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) pesou, já que o país organizador da Copa das Confederações de 2013 não teria um comandante no evento deste sábado, para quando está marcado o sorteio da fase de grupos da competição.
Muricy Ramalho, do Santos, Abel Braga, do Fluminense, Tite, do Corinthians, e até mesmo Pep Guardiola, ex-Barcelona, foram especulados para este cargo, mas, segundo Marin, o fato de Felipão agradar a quase todos e estar sem vínculo com clubes pesou. Já sobre o descarte do espanhol, a explicação foi a de que a Seleção não precisaria de um nome estrangeiro. “Felizmente nosso país tem grandes técnicos com trabalhos prestados aqui e também no exterior. Mais do que nunca, nós devemos valorizar aquilo que é nosso”, disse o presidente da CBF, José Maria Marin.
O mandatário enalteceu a chegada de Felipão à Seleção Brasileira. “Após uma profunda análise, pensando no que seria o melhor para o futebol brasileiro e também no torcedor brasileiro, além da capacidade, da competência, da reconhecida experiência, fomos de encontro ao anseio popular. Juntando todos esses requisitos, assumimos a responsabilidade de entregar o destino da Seleção Brasileira ao Luiz Felipe Scolari visando ao grande objetivo futuro. Primeiro, a Copa das Confederações, mas, principalmente, o grande objetivo desse país, que é a Copa do Mundo.”
“Concluímos que devemos entregar o destino da nossa Seleção nas mãos competentes, na capacidade reconhecida, e na experiência já testada através de títulos conquistados. Dentro desse pensamento, é que escolhemos esses dois grandes campeões, respeitados não só no nosso país, mas no mundo inteiro, que são os campeões Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira”, finalizou Marin.
Felipão agradeceu à confiança de todos e garantiu muito empenho na luta para conquistar a Copa do Mundo de 2014. “É com bastante alegria que volto a trabalhar e volto a estar envolvido em um grande projeto da Seleção Brasileira. Estou feliz por retornar com pessoas que confio e confiaram na escolha do meu nome. Feliz também por ter ao meu lado alguém que possa dividir os rumos da seleção, que é o Carlos Alberto Parreira.”
Escolhido para ser coordenador técnico da seleção, Parreira festejou a possibilidade de trabalhar ao lado de Scolari e explicou como será a ‘divisão de tarefas’. “Tenho a honra de disputar a quinta Copa do Mundo pela seleção. Me sinto como um garoto. É um prazer muito grande reviver uma dobradinha que deu certo. Antes com o Zagallo, agora com o Felipão. Mas agora sou coordenador e ele é treinador. Estamos aqui para auxiliá-lo, dar todo o apoio. Ele é a figura principal da comissão técnica. Objetivo é um só. Fazer com que o Brasil volte a ser campeão do mundo. Queremos uma seleção vitoriosa, procurando o tão esperado hexacampeonato.”
Carreira
Ex-zagueiro, Felipão, que não se destacou com a bola no pé, iniciou a sua carreira como técnico em 1982, no CSA. O título de expressão, no entanto, só veio em 1991, quando foi campeão da Copa do Brasil, com o Criciúma. Já no Grêmio, entre 1993 e 1996, o treinador venceu uma Copa Libertadores da América e um Campeonato Brasileiro.
E foi no Palmeiras que o comandante, natural de Passo Fundo (RS), teve a passagem por clubes mais marcante: foram uma Copa do Brasil, uma Copa Mercosul, um torneio Rio-São Paulo e outra Libertadores. E o segundo lugar no Mundial de Clubes de 1999 não acalmou os ânimos de Felipão, que, dois anos depois, conquistou o penta do Mundial com a Seleção Brasileira.
Mas, após deixar o comando técnico canarinho, o gaúcho não viveu tantos momentos felizes assim. Mesmo com as boas campanhas com a seleção de Portugal na Eurocopa de 2004 e no Mundial de 2006, Felipão amargou rápida passagem pelo Chelsea e a participação no rebaixamento do Palmeiras, campeão da Copa do Brasil deste ano, à Série B do Brasileirão
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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