A vítima, também maranhense, chama-se Adailton Azevedo Reis de 29 anos.
RIO - O crime hediondo que teve como vítima o
maranhense, Adaílton Azevedo Reis, de 29 anos, foi notícia na imprensa
carioca na semana passada. O autor da barbárie é um jovem de 20 anos,
identificado por Adaelson, que seria primo da vítima.
Há
dois anos, os primos Adaelson e Adaílton Azevedo Reissaíram juntos do
Maranhão para virem trabalhar no Rio. A história dos parentes que
sonhavam ganhar a vida na cidade grande terminou em tragédia. Após uma
discussão por conta de R$ 800, Adaelson, em sua própria casa, na Favela
Zaquia Jorge, na Ilha do Governador, sacou uma faca de cozinha,
esfaqueou o primo e o esquartejou em seis partes. Horas depois, já na
madrugada de quarta-feira, jogou tronco, cabeça e pernas no quintal de
uma casa vizinha e levou os braços para a Praia da Guanabara. Por fim,
lavou quarto e banheiro para apagar os sinais do crime.
Adaelson, que é
conhecido como "Barriga" por parentes e amigos, foi preso na manhã da
quinta-feira (18/7), por agentes da 37ª DP (Ilha do Governador). Ele foi
encontrado num quarto de hotel localizado nas proximidades do local
onde escondeu os braços de seu primo, com quem trabalhava, como
metalúrgico, no estaleiro da Ilha. Segundo o delegado José Otílio
Bezerra, R$ 800 foram a motivação do crime. O dinheiro foi adquirido
pelo assassino com a venda de um cordão de prata que havia furtado do
primo.
Adaelson confessou o crime em
depoimento. Segundo relato do assassino na delegacia, Adaílton queria o
dinheiro de volta e foi até a casa de Adaelson cobrar a quantia. Diante
da negativa do primo, a vítima ameaçou contar para os traficantes da
favela onde moravam e que seu primo era um ladrão. Em seguida, o
assassino foi até a cozinha, pegou a faca e deu duas facadas no peito da
Adaílton, que estava deitado na cama de Adaelson. Em seguida, saiu de
casa "para beber um pouco e esquecer" o que fez. "Matei do nada. Não
sabia o que estava fazendo", disse o assassino após ser preso sem
resistência.
— Ele tem uma característica típica de
psicopata. Foi ele mesmo, acompanhado do irmão, quem veio à delegacia
comunicar o desaparecimento da vítima, horas depois de matá-la — disse o
delegado José Otílio Bezerra. Depois que comunicou o crime, Adaelson
fugiu de casa.
Após o corpo da vítima ser encontrado, na
quarta-feira, por parentes dos primos na favela, a polícia fez a perícia
na casa de Adaelson. Manchas de sangue foram detectadas pelos agentes.
Peritos que examinaram as partes do corpo da vítima se impressionaram
com a "técnica apurada" do criminoso. Em depoimento, ele explicou que
havia adquirido o conhecimento no Maranhão, onde havia trabalhado
cortando porcos após o abate.
A família dos dois
está abalada. Os primos, segundo relatos de parentes, cresceram juntos e
eram muito próximos: vieram para o Rio juntos, trabalharam no mesmo
local, moravam próximo. A mãe de Adaílton considera Adaelson, seu
sobrinho, um filho.
— Ela mora no Maranhão e sempre
que liga pede para que mandemos um beijo para o outro filho dela, o
Adaelson — conta José Ribamar Reis, irmão do assassino, que viu os dois
juntos na casa de Adaelson, horas antes do crime — Adaelson e Adaílton
eram colados um no outro. Vieram para o Rio juntos e viviam juntos. Todo
dia de manhã, meu irmão passava na casa de meu primo para buscá-lo e
iam juntos para o trabalho, no estaleiro. O Adaílton guardava no quarto
dele uma foto junto, abraçado ao meu irmão. É inacreditável.
Fonte: Portal Imirante
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