Ataque de atirador deixa ao menos nove mortos e ocorre após explosão matar sete no centro da capital, Oslo
Uma explosão de bomba na capital Oslo e um ataque a tiros em um acampamento na ilha de Utoya aterrorizaram a Noruega nesta sexta-feira. O chefe da polícia da Noruega, Anstein Gjengdal, anunciou o envio de forças antiterroristas para um acampamento da juventude após um atirador atacar o local, a 40 quilômetros da capital do país, durante um encontro do governista Partido Trabalhista. Reagindo aos ataques, o primeiro-ministro Jens Stolenberg condenou as ações, afirmando que o país não se renderá.
A polícia disse que há ao menos nove mortos pela ação do atirador. Previamente, a testemunha Andre Scheie disse à rede de TV NRK ter visto ao menos 20 corpos, mas a polícia não confirmou a informação. "Há muitos mortos na costa, entre 20 e 25", disse Scheie, que afirmou também ter visto corpos na água. Imagens da TV da Noruega feitas por helicóptero mostraram pessoas nadando na costa da ilha de Utoya, supostamente depois de terem se lançado às águas para escapar do atirador.
A ação do atirador, que teria usado uma arma automática, ocorreu após a explosão de uma bomba no centro da capital deixar ao menos sete mortos. De acordo com a mídia local, a polícia detém o controle do acampamento, prendeu o atirador e afirmou que ele tem vínculos com a explosão em Oslo. Segundo o chefe de polícia interino Sveinung Sponheim, o atirador, que seria caucasiano, foi visto na capital norueguesa antes da explosão. Segundo o Ministério da Justiça da Noruega, o atirador é norueguês.
De acordo com a mídia norueguesa, a polícia não considera que as ações desta sexta-feira têm relação com o terrorismo internacional, trabalhando com a ideia de que possam ter sido motivadas pelo atual sistema político do país. Além disso, desmentiu informação divulgada previamente de que o atirador usava um uniforme policial no momento do ataque. Na verdade, ele estaria com um abrigo azul que tinha um distintivo. A polícia também informou que o suspeito nunca trabalhou para a corporação.
Previamente, o site de notícias VG relatou que um homem vestido de policial havia aberto fogo indiscriminadamente no acampamento localizado em Utoya. De acordo com a AFP, o primeiro-ministro preparava-se para comparecer a um comício da ala juvenil de seu partido no local quando o atirador lançou o ataque. O premiê conclamou a população do país ao não se entregar ao medo após os ataques.
O primeiro-ministro faria um discurso no local, onde estavam reunidas 560 pessoas, no sábado. O ex-premiê Gro Harlem Brundtland participaria do encontro nesta sexta-feira.
Previamente à polícia descartar envolvimento internacional nos ataques, um grupo desconhecido chamado de "Ajudantes da Jihad (Guerra Santa) Global" divulgou uma mensagem afirmando que esse é apenas o início da reação à publicação, por jornais noruegueses, de charges de Maomé e pelo envolvimento da Noruega na Guerra do Afeganistão.
“Lançamos alertas de mais operações desde a ação em Estocolmo", disse o grupo de acordo com a tradução de Will McCants, um analista da C.N.A., um instituto de pesquisa que estuda terrorismo. A declaração aparentemente faz referência a uma explosão na Suécia em dezembro de 2010. Apesar da declaração desse grupo desconhecido, as autoridades ainda não sabem quem lançou os ataques.
Os Estados Unidos e o Reino Unido condenaram os ataques e se colocaram à disposição para ajudar autoridades norueguesas.
Explosões em Oslo
A grande explosão no centro de Oslo atingiu o quartel-general do governo, deixando ao menos sete mortos, segundo uma fonte policial citada pela Reuters. Citado pela Bloomberg, o porta-voz da polícia Oeivind Oestang confirmou que a explosão foi causada por uma bomba.
Fonte: IG.com
Edição: Cícero Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário