Dados da dengue divulgados, nesta segunda-feira, pelo Ministério da Saúde indicam queda no número de casos (redução de 62%), de casos graves (86%) e de mortes (66%) nas seis primeiras semanas de 2012 se comparadas às seis primeiras semanas do ano passado.
Apesar dos números positivos contra a doença, outros dados apontam para eventuais problemas com a doença em 2012.
Cortes regionais mostram que, diferentemente do balanço nacional, houve aumento da incidência da doença (número de casos por população) em Tocantins, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe.
Em Tocantins e Pernambuco, já é possível dizer que há surto de dengue, segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde da pasta.
Entre os municípios, o Rio de Janeiro é um dos mais preocupantes, afirmou o ministro Alexandre Padilha (Saúde). A cidade pode registrar este ano uma das maiores epidemias de dengue de sua história, disse ele.
A circulação do subtipo 4 da dengue, um dos motivos para o prognóstico do Rio de Janeiro, atingiu 50% das 199 amostras do vírus colhidas no país e analisadas em laboratórios. Durante a coletiva na tarde desta segunda, o ministério afirmou que cresceu, de fato, a circulação desse subtipo, mas não soube informar o percentual anterior. Disse, ainda, que não seria possível comparar com a circulação de dezembro passado com a de janeiro, já que mudou a forma de coleta e o número de laboratórios realizando a análise.
Segundo explica Barbosa, o dengue 4 não é mais periogoso que os demais. A questão, diz, é que parte importante da população não teve contato anterior com o vírus (ou seja, não tem imunidade) e, ao ter contato com ele já tendo tido outro tipo de dengue, pode desenvolver uma forma mais grave da doença.
Outro dado que se destaca é que subiu, entre o fim do ano passado e o início deste, o número de municípios em risco de surto para a doença. Eram 48, quando o último balanço foi anunciado, em dezembro, e agora são 91.
A classificação "em risco de surto" é dada para municípios que apresentaram índice de infestação da larva do Aedes aegypti, transmissor da doença, acima de 3,9 (ou seja, para cada 100 casas vasculhadas, mais de 3,9 delas tinham larvas do mosquito transmissor).
O ministério ponderou que é normal que haja crescimento da lista de municípios em risco pelo período atual ser mais propício ao desenvolvimento do mosquito.
Fonte: folha.com.br
Edição: Cícero Ferraz
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