Na manhã desta segunda-feira (6), a Justiça do Maranhão colhe depoimentos dos envolvidos na morte de Décio Sá na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Os depoimentos dizem respeito ao caso da execução do jornalista em abril de 2012 em um bar na Avenida Litorânea. O jornalista foi assassinado com seis tiros à queima roupa (quatro tiros foram disparados na cabeça e dois no tórax).
Segundo o delegado da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Augusto Barros, o júri abordará exclusivamente o homicídio do jornalista embora o crime esteja relacionado às denúncias com esquema de agiotagem envolvendo quarenta e uma prefeituras maranhenses. A morte de Décio Sá foi resultado direto destas denúncias feitas pelo jornalista sobre o esquema de corrupção envolvendo agiotas.
O delegado disse também que nas investigações da polícia foi apontado o envolvimento de capitão da Polícia Militar: Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita, que está preso acusado de ter fornecido a arma para o pistoleiro Jhonatan matar o jornalista. Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha, e José Raimundo Charles Sales Júnior, o Júnior Bolinha, também foram indicados pela polícia como integrantes do esquema de agiotagem. Eles teriam sido os responsáveis pela contratação do pistoleiro.
De acordo com as investigações da polícia, o esquema começava antes das eleições. Para financiar suas campanhas, os gestores contraíam empréstimos com a quadrilha, que, como pagamento, recebia dinheiro público por meio de facilitação em licitações de merenda escolar, medicamentos e programas federais.
Fonte: O Imparcial
Edição:Cícero Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário