Através de nota, o povo Ka’apor denunciou invasões de madeireiros na
Terra Indígena Alto Turiaçu, Maranhão. Cerca de uma semana, os indígenas
pediram para que madeireiros localizados pela Guarda Florestal Ka’apor,
às margens do Rio Hola, saíssem da terra tradicional. Porém, o pedido
não foi atendido.
“Estamos acampados na beira do Rio Hola, dentro
do nosso território. Tem ainda seis caminhões madeireiros e um trator na
mata. Não vamos sair de nosso acampamento. O Ibama e Polícia Federal
tem que ir lá tirar e prender esses agressores”, diz trecho da
publicação divulgada pelo Conselho de Gestão Ka’apor.
A criação
dessas Áreas de Proteção tem o objetivo de manter a terra indígena a
salvo. Essa última será a oitava. De acordo com o povo Ka’apor, são
cerca de 120 indígenas que diariamente buscam ramais (estradas de
terras), madeireiros, focos de incêndio e demais invasões.
“Funai
diz que essa fiscalização promove violência contra a gente, mas não faz
nada para evitar invasões. Então a gente faz porque essa terra é nossa.
Somos as vítimas e não os culpados pela destruição da nossa floresta.
Queremos dizer isso pra todo mundo”, afirma uma liderança Ka’apor. Em
abril deste ano, a jovem Iraúna Ka’apor, de 14 anos, foi sequestrada
por madeireiros da aldeia Axiguirendá, segue desaparecida.
Fonte: Jornal Pequeno
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