Planejamento. Esta foi a palavra-chave na empresa de dona Edna para que
os impactos da crise não fossem tão severos. No ano passado, cinco
pessoas foram demitidas e outras mudaram de função. Agora, não há
previsão de novas demissões, nem de contratações.
“Não é nosso objetivo a demissão, até porque a demissão também é um
custo. Nossa mão-de-obra tem uma certa qualificação porque ela tem um
conhecimento de área, é muito importante a gente manter esse pessoal.
Então a gente, na crise ou antes mesmo dela, já pensa em outras
possibilidades”, contou Edna Montenegro.
Os funcionários da
empresa que faz distribuição de revistas e outros bens são antigos e
experientes, como o Nonato, que trabalha há 16 anos no lugar e tem
planos de permanecer por muito mais tempo. Mas, não tem sido fácil
manter o quadro de funcionários. As assinaturas de revista, por exemplo,
caíram, em média, 20%.
Parte dos empresários brasileiros não teve
a habilidade da dona Edna. O desemprego no setor privado cresceu no
Brasil inteiro no 2º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de
2015, de acordo com a pesquisa nacional por amostragem de domicílio, a
Pnad contínua, do IBGE.
O Maranhão apresentou o terceiro menor
percentual de empregados com carteira assinada do país neste período,
51,8%, ficando atrás só do Piauí (52,3%) e do Pará (57,4%). O percentual
da região nordeste foi de 62,2%, o menor do país.
A taxa de
desemprego, no Brasil, chegou a 11,3%. Malvina já fez parte desta
estatística, e espera não passar por isso de novo. Há um ano ela decidiu
apostar na autonomia profissional e montou uma empresa de cerimonial.
Fez da dificuldade uma oportunidade para voltar ao mercado de trabalho.
“Acho que foi até mais um incentivo para eu lutar a cada dia e é o que
eu tô fazendo até hoje. É o que eu gosto, é o que eu faço com todo meu
coração. Então, tá tudo perfeito”, disse.
G1/Jornal Pequeno
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