quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Professores do Alto Turi lançam manifesto contra a Formação Continuada

Professores reunidos no CE Raimundo Vieira da Silva, todos inconformados com a situação que se instalou na Formação Continuada.


Dirigentes do SINPROESEMMA, núcleo da região do Alto Turi, divulgaram um manifesto hoje contra as condições e como está sendo conduzida a Formação Continuada.
É bom frisar que alguns professores poderão ficar amanhã sem endereço, pois os proprietários e hoteis e pousadas prometem cobrar a diária, neste dia 21/10 ao meio. No final da tarde, foi divulgada ainda uma nota da IADESMA, que promete depositar amanhã (21)  os valores referentes às diárias. Vamos aguardar para ver se a promessa será cumprida.

                                                           NOTA NA ÍNTEGRA

Prezados Senhores, o momento pelo qual passa a educação brasileira é de extrema tristeza. Pois, observa-se nas três esferas do poder executivo, a falta de compromisso destes com a educação do nosso país que não sai dos discursos políticos.

Tal fato evidencia-se neste momento, quando o governo do estado do Maranhão convoca todos os seus profissionais da educação e não tem a sensibilidade de expedir informações precisas acerca do local onde a capacitação se dará, sobre as condições de alojamento e de trabalho que encontrarão, além dos valores relativos às diárias a que terão direito, demonstrando total falta de compromisso com a qualidade que os mesmos propagam estar buscando.

Neste momento, a situação do pólo de Zé Doca, é da mais absoluta decepção, pois, ao chegarem no local da capacitação se deparam com os seguintes problemas:

1- reservas de hotel por fazer, ou feitas a partir do meio dia, obrigando -nos a circular pela cidade carregando mochilas e malas, a maioria, tendo que pagar táxi para fazer o transporte de nossas bagagens;

2-bebedouros sem funcionar, criando enorme desconforto para todos;

3- banheiros em condições precárias;

4- lanche em quantidade insuficiente e quentinhas de qualidade duvidosa, e servidas em ambiente sem o menor conforto e higiene ;

5-falta e atraso de alguns instrutores, inclusive o de Língua Inglesa, que até agora, às 10:00h de 19-10-2010, não chegou, enquanto a capacitação deveria se iniciar às 08:00h do dia 18;

6- ausência de informações até mesmo na URE Zé Doca, como se esta não fosse a representante legítima da Secretaria de Estado da Educação;

7- ausência de cópia do contrato entre o estado e a prestadora do serviço, configurando- se flagrante desrespeito ao princípio da publicidade, que deve nortear o uso dos recursos públicos;

E, apesar de todas os esforços envidados pelos professores, até o presente momento, a prestadora de serviço não enviou, conforme combinado ontem, em contato telefônico com o Professor Edinaldo , representante do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Maranhão(SINPROESEMMA), nenhum representante com poder de decisão para por fim a tal descaso. Há que se ressaltar o compromisso dos profissionais, que mesmo com todos os problemas aqui elencados, continuam firmes no propósito de continuar a missão que lhes foi confiada, aguardando em sala de aula desfecho favorável à tão desconfortável situação.

Após longos momentos de negociação, os representantes de cada turma de professores juntamente com a gestora da URE de Zé doca, Sra. Florença que mediou as negociações entre professores e a empresa IADESMA( empresa responsável pela execução da formação continuada), foi acordado entre as partes a suspensão dos serviços de hospedagem e alimentação referente ao almoço e jantar, sendo que para suprir essas necessidades básicas seria repassado às contas de cada professor o valor diário de quarenta e oito reais (R$ 48,00), até o meio dia de hoje(20/10/2010), sendo que até o presente momento(14:57), após consultas bancárias constatou-se não haver sido realizado nenhum depósito dos valores acima citados. Em função do não cumprimento do acordo, os professores sofreram constrangimento ficando sem hospedagem e alimentação. Em vista de tudo isso houve corte dos lanches matutino e vespertino que estavam fora do acordo.

Pode-se constatar ainda a insatisfação geral dos professores por ter que passar o dia sem água gelada para beber, em virtude da quantidade insuficiente de bebedouros e ausência de copos descartáveis.

Mediante o já ressaltado encaminhamos assinaturas dos profissionais da educação aqui presentes em relação abaixo-assinados(as).

EDINALDO SOUSA DA SILVA
           Diretor do Sindicato

                                                                                                              Zé Doca, 20 de outubro de 2010.
Edição: Cícero Ferraz

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