(Sede da CBF antes das investigações )
A Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito para saber se o esquema de
corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), investigado pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, tem ramificação no Brasil. De
acordo com o Ministério da Justiça, as investigações serão centralizadas na
Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, vão se encontrar nos próximos dias para discutir
detalhes do caso. O ministério informou que a PF abriria ainda hoje (28) o
inquérito sobre o assunto. Procurada pela reportagem, a Polícia Federal, por
meio da assessoria, informou que não está se pronunciando ainda sobre o caso e
não confirmou a abertura das investigações.
As autoridades norte-americanas investigam a participação de dirigentes
da Fifa e empresários em uma fraude na escolha dos países-sede das duas
próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e Catar, em 2022). No Brasil, as
suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da Copa do
Brasil assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Foram presas, até o momento, 14 pessoas, entre eles sete dirigentes da
Fifa, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
José Maria Marin. Todos foram indiciados por extorsão e corrupção pela
Procuradoria de Nova York.
A CBF anunciou ontem (27), em nota, o afastamento de Marin até a
conclusão do processo. A entidade também informou que vai "reanalisar
todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores".
Hoje, o prédio da sede da CBF, na Barra da Tijuca no Rio, batizado com o nome
de Marin na fachada, amanheceu sem o nome do dirigente.
Fonte: Agência Brasil
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