Sete dias que vão valer quatro anos. Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff
(PT) abrem hoje a última semana antes do segundo turno das eleições
presidenciais, na disputa mais acirrada da história recente de democracia
brasileira. Até lá, serão dois debates na televisão (o primeiro, hoje, na TV
Record e o segundo na próxima sexta-feira, na TV Globo). Serão 120 minutos de
propaganda eleitoral no rádio e na televisão para cada um, divididos em dois
blocos — um na hora do almoço e outro à noite. E mais cinco dias efetivos de
campanha, com direito a eventos públicos com aliados, militância e carro de som
(no sábado, são permitidas apenas caminhadas e panfletagens).
Serão, acima de tudo, sete dias de calculadora na mão. “As coisas estão tensas. Essa campanha foi suis generis, não há nada que se assemelhe em nossa história recente”, afirmou um estrategista da campanha de Dilma Rousseff. O desabafo não é meramente figura de retórica ou desculpa evasiva. O PT preparava-se para o tradicional embate polarizado com o PSDB, quando o avião que levava Eduardo Campos (PSB) para um evento político em Santos despencou no bairro do Boqueirão, na baixada santista, matando o candidato.
Marina Silva, vice na chapa do PSB, transformou-se em candidata ao Planalto e, rapidamente, disparou nas pesquisas. “Tivemos que passar o primeiro turno debatendo e confrontando com Marina. Aécio virou o jogo na reta final e passou para o segundo turno praticamente sem ser incomodado”, declarou um interlocutor de Dilma. “O que poderíamos fazer em três meses tivemos que fazer em três semanas”, completou.
Fonte: O Imparcial
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