Deputados federais mais votados do Brasil, 1.524.361 e 1.016.796, respectivamente, Celso Russomanno (PRB) e Tiririca (PR) impulsionaram seus partidos na partilha das 70 vagas de São Paulo na Câmara, em Brasília. Juntos, os dois ajudaram a eleger sete candidatos que, caso a definição para o cargo ocorresse apenas por contagem majoritária de votos, não conseguiriam votos suficientes para serem eleitos.
Russomanno e Tiririca carregaram esses candidatos menos votados por conta do quociente eleitoral, que é uma fórmula usada nas eleições brasileiras para definir o número de vagas de cada estado. Nesta conta, os votos válidos das eleições são divididos pelo total de vagas no Parlamento.
O número de votos totais obtidos por uma coligação determina então quantos deputados federais ela vai eleger. Assim, a votação expressiva de Russomanno, por exemplo, deu ao PRB, que disputou a eleição sem se coligar com outro partido, uma sobra de votos suficiente para eleger outros candidatos com votações baixas.
Vinícius Carvalho teve 80.643 votos, o que o colocaria entre os 70 mais votados, mas pelo quociente eleitoral ele conseguiu se eleger com menos votos do que, por exemplo, o pagodeiro Netinho de Paula (PC do B), que obteve 82.105.
Sergio Reis (45.330), Beto Mansur (31.301), Marcelo Squasoni (30.315) e Fausto Pinato (22.097) foram outros beneficiados com a alta popularidade de Russomanno.
Já o palhaço Tiririca contribuiu para que Capitão Augusto (46.905) e Miguel Lombardi (32.080) conquistassem uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário