Uma eleição em que o país se admirou com a abstenção. Mais de 27 milhões de brasileiros deixaram de comparecer às urnas no último domingo (26), somando um total de 21,10% do eleitorado brasileiro. O Maranhão foi destaque no país pelo nível de abstenção. Neste segundo turno, o estado liderou o ranking dos eleitores faltosos, com 27,37% de abstenção, o que corresponde a exatamente 1.352.624 de eleitores.
Mas engana-se quem pensa que o índice é assustador, mesmo tendo superado a média nacional. O professor Wagner Cabral, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), revelou que a média caiu, se comparada aos anos anteriores. “A média caiu. Por questões de metodologia não podemos comparar o primeiro turno com o segundo turno e sim a comparação deverá ser feita entre os segundos”, disse.
Apesar da média, o número de eleitores faltosos ainda é considerado alto. Entre as razões para a abstenção, está o recadastramento Biométrico. O professor alertou que nas cidades em que foi realizado o procedimento, o índice foi drasticamente reduzido. “Do ponto de vista formal temos o cadastramento. A abstenção de São Luís foi a mesma de Brasília, 12%. No primeiro turno foi 10%”, apontou.
Wagner Cabral lembrou que muitos problemas são detectados no momento do recadastramento, a exemplo de votações “fantasmas”. “O recadastramento eliminou mais de 100 mil eleitores da capital. Mas no interior os mortos continuam votando, por exemplo. Não há uma investigação. Só teremos uma perspectiva geral quando existir o recadastramento geral”, opinou.
O Imparcial
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