O deputado cassado Eduardo Cunha foi preso hoje (19) em Brasília, no
âmbito da Operação Lava Jato. O pedido de prisão preventiva do
ex-presidente da Câmara dos Deputados foi emitido pelo juiz Sérgio Moro,
que conduz as investigações da Lava Jato, na primeira instância.
A
Polícia Federal (PF) confirmou a prisão preventiva e informou que Cunha
está sendo levado para Curitiba, onde estão sendo conduzidas as
investigações. A previsão é de que Cunha chegue entre as 17h e as 18h à
capital do Paraná. Ele embarcou no hangar da PF, no Aeroporto de
Brasília.
Entre os argumentos utilizados para justificar o pedido de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações.
Entre os argumentos utilizados para justificar o pedido de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações.
Segundo a acusação, "há evidências" de que existem
contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram
identificadas, fato que coloca em risco as investigações. Além disso, os
procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e
italiana) e pode fugir do país.
“Enquanto não houver rastreamento completo do dinheiro e a total identificação de sua localização atual, há risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação. Enquanto não for afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que o acusado poderia se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior”, disse Moro na decisão.
“Enquanto não houver rastreamento completo do dinheiro e a total identificação de sua localização atual, há risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação. Enquanto não for afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que o acusado poderia se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior”, disse Moro na decisão.
A prisão foi decretada na ação penal em que o
deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram
depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de
vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela
Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo
Federal, mas após a cassação do ex-deputado, a ação foi enviada para o
juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário