Em pelo menos cinco anos, Joseph Blatter acompanhou e fez parte de acontecimentos que abalaram a imagem da Fifa. Confira alguns deles:
Outubro de 2010
O jornal The Sunday Times publicou que dois membros do Comitê Executivo da Fifa, Reynald Temarii (Taiti) e Amos Adamu (Nigéria), ofereceram vender seus votos para a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022. Os dois foram suspensos pelo Comitê de Ética da Fifa.
Dezembro de 2010
Rússia vence a disputa para sediar o Mundial de 2018, e a edição de 2022 é polemicamente confirmada no Catar, apesar de preocupações com as altas temperaturas no país.
Maio de 2011
O ex-presidente da Football Association (FA, a confederação da Inglaterra) Lord Triesman usa privilégio parlamentar para alegar que quatro membros do Comitê Executivo da Fifa pediram favores em troca de apoio à candidatura inglesa para sediar o Mundial de 2018. Depois do afastamento dos membros, Joseph Blatter nega crise da entidade e, em coletiva de imprensa, diz não haver motivos para falar sobre os quatro executivos. Blatter também nega haver evidências sobre reportagem do Sunday Times, que revelou pagamentos a Issa Hayatou (presidente da Associação Camaronesa de Futebol) e Jacques Anouma (ex-presidente da Federação de Futebol da Costa do Marfim) para que votassem a favor da candidatura do Catar.
Mohammed bin Hammam, membro do Comitê Executivo da Fifa pelo Catar, retira sua candidatura para a presidência da Fifa sob alegações de ter oferecido 40 mil dólares de suborno à delegação do Caribe, em troca de suporte à sua campanha. Hammam foi banido do futebol.
Março de 2012
O advogado norte-americano Michael Garcia é nomeado encarregado de uma investigação aberta por Blatter para examinar os processos de candidatura das Copas de 2018 e 2022.
Novembro de 2014
O ex-executivo da Fifa Chuck Blazer estaria cooperando com uma investigação do FBI sobre a corrupção no corpo governante da entidade.
Michael Garcia reclama que sua investigação sobre os processos de candidatura das Copas de 2018 e 2022 foi deturpada em uma versão resumida publicada pelo presidente do Comitê de Ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert. A entidade diz que o assunto está encerrado.
27 de maio de 2015
Sete executivos da Fifa são presos pela polícia suíça, em Zurique, depois de um pedido das autoridades norte-americanas. Os suspeitos teriam se envolvido em um escândalo de corrupção que totalizou mais de 150 milhões de dólares. Horas depois das prisões, promotores suíços abriram investigação criminal sobre as candidaturas dos Mundiais de 2018 e 2022.
29 de maio de 2015
Joseph Blatter vence a quinta eleição para a presidência da Fifa. Sepp pede aos votantes que sigam em frente depois do escândalo de corrupção que se tornou público dois dias antes.
1 de junho de 2015
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valck, torna-se suspeito de ser cúmplice de um pagamento de 10 milhões de dólares de oficiais da América do Sul ao presidente da Concacaf, Jack Warner. Investigadores dos EUA descrevem a transação como suborno.
2 de junho de 2015
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, renuncia ao cargo, pondo fim a um mandato de 17 anos marcado por escândalos.
Da Redação/ SuperEsportes
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