Após inúmeras reviravoltas, os deputados chegaram a um entendimento
em torno da data definitiva para eleição do sucessor de Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) na presidência da Câmara. Segundo o 1º secretário da Casa,
Beto Mansur (PRB-SP), após muita conversa e negociações por telefone, o
presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), marcou a votação
para quarta-feira (13), a partir das 16h.
“Marcamos para a quarta-feira, para dar a quem quer ser candidato a possibilidade de se inscrever – e os 512 deputados têm toda a condição de ser”, disse Mansur.
“Marcamos para a quarta-feira, para dar a quem quer ser candidato a possibilidade de se inscrever – e os 512 deputados têm toda a condição de ser”, disse Mansur.
De acordo com o 1º secretário, Waldir Maranhão anda não
oficializou a data porque pretende bater o martelo com os líderes
partidários em reunião marcada para o fim da tarde desta segunda-feira.
“Ele vai levar esse documento [com a proposta de data] ao colégio de
líderes para ser referendado. Após ser referendado, vai ser publicado
ainda hoje, para amanhã sair no Diário Oficial”, informou o deputado paulista.
Regras
A
Câmara usará urna eletrônica na eleição de seu novo presidente. Pelas
regras propostas, os deputados terão até as 12h de quarta para registrar
as candidaturas. Um sorteio definirá, em seguida, a ordem dos deputados
na votação, e essa sequência também valerá para a ordem dos discursos
no plenário. “Quem for chamado para discursar e não estiver presente,
não poderá ser chamado novamente. “
Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um eventual segundo turno, a disputa será desempatada obedecendo respectivamente aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um eventual segundo turno, a disputa será desempatada obedecendo respectivamente aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Candidaturas
Nesta
segunda-feira, mais dois deputados formalizaram candidatura: Giacobo
(PR-PR), 2º vice-presidente da Câmara, e Cristiane Brasil (PTB-RJ),
filha do delator do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
Mansur
também já anunciou que será candidato, mas, até o momento, ainda não
oficializou a candidatura. ““Vou registrar até quarta-feira”, disse ele.
O
PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento disputando o cargo
oficialmente: Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Além destes, há
a expectativa do registro de candidatura de mais alguns
correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos bastidores,
circulam os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR),
Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do
partido.
Ao lado de Castro e Ramalho, oficialmente já registraram
candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim
(PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Também são
aguardadas as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso
(PSD-DF). Há ainda a possibilidade de uma candidatura do PSOL.
Maia
tenta costurar o apoio a sua candidatura fora do chamado centrão,
tentando aglutinar o PSDB, o PPS e o PSB. Maia tenta ainda o apoio de
partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Já Rosso, apesar de negar que
esteja na disputa, busca se viabilizar como o candidato de consenso do
Planalto.
Agência Brasil
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