sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Polícia Civil volta a decretar greve por tempo indeterminado no Maranhão

A Polícia Civil do Maranhão voltou a decretar greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta sexta-feira (18), na Associação dos Bancários, no bairro do Centro, em São Luís. Durante o movimento, apenas 30% do efetivo nas delegacias e regionais vão atender a população, conforme previsto em lei. Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis.
O movimento havia sido suspenso no dia 10 de agosto. Na ocasião, o Sinpol decidiu pela suspensão da greve até o dia 4 de setembro, quando o Estado deveria ter apresentado uma proposta do  à categoria. “Fizemos ultima tentativa com o governo ontem (quinta-feira, 17). Como o governo não apresentou uma proposta que atenda as reivindicações, a greve volta a ser deflagrada por tempo indeterminado. ”, afirmou Heleudo Moreira, presidente do Sinpol-MA
Os policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e pleiteiam a reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Também estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia, inteligência policial e melhores condições de trabalho.O presidente do sindicato afirma que hoje um agente da polícia ganha 20% do salário de um delegado. Peritos e delegados não aderiram ao movimento de greve.


O G1 entrou em contato, por email, com o governo do estado, que disse ser inviável qualquer tipo de reajuste aos policiais civis devido a queda na arrecadação estadual. O goverrno pede, também, a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho.  Confira a íntegra da nota abaixo:

NOTA
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), por meio da Delegacia Geral de Polícia Civil, informa que mantém os canais abertos para diálogo com os policiais civis sobre a implementação salarial. Ressalta que reconhece a importância desta categoria e de suas demandas.


Neste momento, considerando a situação econômica vigente, onde a arrecadação estadual apresentou queda, foram inviabilizadas uma série de ações em diversas áreas, entre estas, na Segurança. Reitera, ainda, que o Estado tem responsabilidade com o pagamento dos vencimentos de servidores e demais demandas da gestão.

Diante do quadro, pede-se a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho e permaneçam em suas atividades normais, a fim de garantir o direito do cidadão à segurança e não incorrerem em sanções administrativas previstas em lei.



Sem proposta

No dia 5 de agosto em uma reunião no Palácio dos Leões – sede do governo estadual –, os secretários de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, e de Articulação Política, Márcio Jerry, orientaram os representantes da categoria a suspender a paralisação e manter a mesa de negociações com o governo.

Por meio das redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), descartou qualquer possibilidade de negociação em 2015 com os policiais civis do Maranhão. "Concedemos aos policiais o maior aumento de remuneração do Brasil neste ano. Os policiais civis tiveram reajustes de 20% a 38%. Já fizemos o máximo possível neste ano. Não posso e não vou 'quebrar' o Estado. Vamos fazer novas negociações no próximo ano", escreveu.
Mensagem do governador foi publicada nas redes sociais (Foto: Reprodução)

G1 Maranhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário