Prêmio, no valor de 100 mil euros, foi criado por Brasil e Portugal em 1989.
RIO DE JANEIRO - O poeta Ferreira Gullar foi o vencedor do Prêmio Camões da edição 2010, a maior honraria das letras lusófonas. O prêmio, no valor de 100 mil euros, foi criado em conjunto por Brasil e Portugal em 1989, e homenageia um escritor a cada ano por sua obra.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (31), em Lisboa, Portugal, pela ministra da Cultura daquele país, Gabriela Canavilhas.
Além de poeta, Gullar, que faz 80 anos em setembro, também é conhecido pela crítica de arte e dramaturgia. Ele ainda escreveu ensaios, crônicas, memórias e até ficções curtas. Sua obra “Poema sujo”, escrito no exílio em 1975 e publicado apenas em 1976, mistura lembranças da sua infância no Maranhão com questões políticas.
Em 2007, foi vencedor do Prêmio Jabuti. É também ganhador, pelo conjunto de sua obra, do Prêmio Machado de Assis, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras.
No ano passado, Arménio Vieira, poeta de Cabo Verde, tinha levado o prêmio. Em 2008, tinha sido a vez do brasileiro João Ubaldo Ribeiro e, em 2007, do português Lobo Antunes.
Os brasileiros Lygia Fagundes Telles (2005), Rubem Fonseca (2003), Autran Dourado (2000), António Cândido de Mello e Sousa (1998), Jorge Amado (1995), Rachel de Queiroz (1993) e João Cabral de Melo Neto (1990) já tinham levado o prêmio também.
O júri deste ano era constituído por Helena Buescu (professora da Universidade de Lisboa), José Carlos Seabra Pereira (professor da Universidade de Coimbra), Inocência Mata (escritora santomense), Luís Carlos Patraquim (escritor moçambicano), António Carlos Secchin (escritor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Edla van Steen (a escritora brasileira).
http://www.imirante.com.br/ (Edição: Cícero Ferraz)
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