PSB rejeita PT e mantém apoio a Flávio Dino no Maranhão

O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, confirmou nesta segunda-feira (14) que o partido rejeita a posição do PT de bancar o projeto de reeleição da governadora Roseana Sarney no Maranhão e irá manter o aval à candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao Palácio dos Leões, em São Luís.

Ainda que o comunista tenha perdido cerca de dois minutos de propaganda com a debandada petista, Campos diz ter pesquisas internas que garantem que haverá segundo turno nas eleições maranhenses. Por ora, disse, Roseana ainda lidera as intenções de voto, mas a apresentação do nome de Dino é "muito viável".

Na última semana, o Partido dos Trabalhadores decidiu apoiar a reeleição de Roseana ao governo maranhense e consequentemente retirar o aval que havia sido dado a Flávio Dino na corrida pelo governo local. A postura do PT ocorreu mesmo após aprovação, em convenção no Maranhão, do apoio ao deputado comunista. Na época, a candidatura própria do PCdoB venceu a proposta de apoio a Roseana por 87 a 85 votos.

"Uma pesquisa de opinião pública mostra que o efeito e a repercussão (da decisão do PT) vai ser ao contrário. A Roseana ainda está na frente, mas deverá haver segundo turno", afirmou Campos. Na corrida pelo Senado lideram José Reinaldo (PSB) e Edison Lobão (PMDB).

Neste domingo (13) integrantes do PT maranhense utilizaram a convenção nacional petista, em Brasília, para protestar contra a decisão do diretório de encampar a reeleição da governadora Roseana Sarney. Os deputados Domingos Dutra e o fundador do PT, Manoel da Conceição, estão em greve de fome desde o dia 11 contra o que classificam de "entrega do PT à Roseana Sarney".

O imbróglio sobre o apoio do PT inclui denúncias de suposta compra de petistas para que apoiassem Roseana. Na avaliação de dirigentes do PT, a entrada na campanha da filha de Sarney está baseada na importância que o governo federal atribui a uma aliança com a família do presidente do Senado.

Ainda que a posição petista pró-Dino tenha sido oficializada em convenção no Maranhão, setores petistas consideram ser estratégico o apoio à reeleição da governadora, que abriu espaço em seu governo para que o PT ocupasse três secretarias na administração local.

Com informações do PORTAL TERRA (Edição: Cícero Ferraz)