Declaração dada por chefe da Casa Civil acerca de proposta de privatização de serviços básicos e polêmica de ocupação de terreno em São José de Ribamar deram o tom de debate no legislativo estadual
A entrevista do secretário chefe da Casa Civil, João Abreu (PMDB) publicada no último domingo em O Imparcial ainda repercute, ontem o assunto defendido pelo peemedebista gerou polêmica entre governistas e oposicionistas no parlamento na sessão de ontem, primeira após o feriado da Páscoa e a morte do filho do deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD).
O deputado Rubens Pereira Jr (PC do B) levantou na tribuna da plenária a discussão acerca da privatização defendida pelo secretário na entrevista, afirmando que a entrevista era repleta de equívocos: “Os exemplos de privatização do governo são desastrosos como o da Cemar e do BEM. Não somos contra a participação da iniciativa privada, mas não podemos arrendar o estado.”, criticou Rubens.
O líder do governo na AL, deputado estadual César Pires (DEM) defendeu o governo dizendo que a entrevista não repercutia a opinião do governo, mas sim um posicionamento pessoal e também defendeu a privatização: “Que mal há na privatização? Onde está errado privatizar a CAEMA? Grande parte das estradas brasileiras se paga pedágios, que mal há nisso?”, questionou César Pires.
César e Rubens ainda travaram um amplo debate acerca da privatização utilizando, inclusive o exemplo do problema de abastecimento de água no município de Matões. O deputado Roberto Costa (PMDB) tomando partido na discussão ressaltou que o problema de Matões não era da gestão, mas do sistema.
O deputado Eduardo Braide (PMN), que já presidiu a CAEMA ponderou a questão equilibrando os custos e benefícios, além de destacar a situação dos funcionários do órgão que ficam inseguros toda vez que o tema da privatização vem à tona: “O ideal é que se encontre um meio termo”, defendeu Braide sugerindo as parcerias institucionais para se buscar melhorias para os serviços realizados pela CAEMA.
Quase aos tapas
Os deputados estaduais Bira do Pindaré (PT) e Roberto Costa (PMDB) quase foram aos tapas na sessão de ontem da Assembleia Legislativa do Maranhão por causa de uma discussão iniciada na tribuna referente a invasão das casas do Residencial Nova Terra em São José de Ribamar.
A discussão feita na plenária era quanto à culpa da extinta cobrança do ITBI, se da prefeitura de Ribamar ou da Caixa. Roberto Costa ao falar do episódio da invasão das casas disse não acreditar que Bira estivesse envolvido, mas culpou Colaço que seria segundo ele companheiro do deputado petista. Bira sentindo-se ofendido entendeu que Roberto estava sugerindo sua participação no acontecido.
Quando os deputados preparavam-se para inciar sessão extraordinária que votaria entre outros temas, a prorrogação de mandatos dos conselheiros tutelares, muitos deles presentes na galeria da AL, os deputados levantaram-se em com dedo em riste inciando a discussão. Foi necessário o deputado Marcos Caldas (PRB) intervir e evitando que os dois fossem mais além no bate-boca.
Os deputados Tatá Milhomem (PSD) e Manoel Ribeiro (PTB) chegaram a dizer que os dois não queriam a votação referente aos conselheiros. Depois, os ânimos acalmaram-se e a sessão correu normalmente. Mesmo com debates acalorados, os deputados não devem perder a postura na Casa em que representam o povo.
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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