segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ministério Público determina a abertura de inquérito para investigar Lula

Às vésperas de o Supremo Tribunal Federal (STF) publicar o resultado oficial do julgamento do mensalão, o Ministério Público determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar as acusações do empresário Marcos Valério de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se beneficiado do esquema. O pedido de abertura de inquérito foi feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal, com base nos depoimentos que o empresário prestou em setembro do ano passado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. 

Apontado como operador do mensalão, Valério foi condenado pelo STF a mais de 40 anos de cadeia. No depoimento sigiloso, afirmou que Lula autorizou a tomada dos empréstimos que financiaram o esquema criminoso de compra de apoio parlamentar. O empresário alegou, ainda, que parte do dinheiro foi utilizada para o pagamento de “despesas pessoais” do petista. Valério teria feito acusações, também, contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.

Em nota, o Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) informa que pediu a apuração de um dos fatos descritos por Valério, em setembro de 2012, quando ele já havia sido condenado pelo Supremo. “O teor específico desse relato já foi divulgado na imprensa. Nele, o empresário afirma que teria sido feito um repasse de US$ 7 milhões por parte de fornecedora da Portugal Telecom em Macau (China), ao Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de contas bancárias no exterior”, destaca o texto do MPF/DF. Na época em que o teor do depoimento foi revelado, Lula classificou as afirmações de Valério de mentirosas.

Inicialmente, coube a Roberto Gurgel avaliar se investigaria as declarações feitas por Marcos Valério. O procurador-geral, no entanto, remeteu as cópias do depoimento à Procuradoria da República em Minas Gerais, onde os procuradores avaliaram que as ações em tramitação na Justiça Federal do Estado não tinham relação com o que foi dito pelo empresário. Assim, o caso foi remetido para o DF, que dará andamento às apurações.

Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz

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