Após a Polícia Militar (PM) dispersar o protesto de estudantes que
ocupavam o gramado em frente ao Congresso Nacional, os manifestante
seguiram pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Museu Nacional.
Durante o percurso, a polícia seguiu "empurrando" os manifestante em
direção à Rodoviária de Brasília em uma tentativa de dispersar o grupo.
Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas e um carro que estava
estacionado em frente à Catedral Metropolitana foi incendiado.
O Corpo de Bombeiros está no local para apagar o fogo do carro e das
barricadas que tinham sido montadas pelos manifestantes. Durante o
percurso, os estudantes derrubaram banheiros químicos que estavam no
trajeto e tentaram bloquear a pista. O trânsito no local está
interrompido. O coronel Julian Fontes, que está à frente da operação,
disse que a ordem é que a PM proteja o patrimônio.
O carro de som
que acompanhava o protesto pedia que a polícia parasse de jogar bombas e
que a manifestação permanecesse em frente ao museu, de onde havia
partido.
Votação no Congresso
A
organização estima a participação de 15 mil pessoas, enquanto Polícia
Militar do Distrito Federal calcula em cerca de 10 mil o número de
presentes. O grupo caminhou até a frente do Congresso Nacional e, ao chegar ao gramado, houve tumulto e confronto entre os manifestantes e a polícia.
O conflito se intensificou quando um grupo de manifestantes virou um
carro de reportagem estacionado próximo à rampa do Congresso. A polícia
reagiu disparando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
O
arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 é uma das
pricipais pautas do movimento de estudantes que organizaram caravanas
para vir à capital, com mais de 300 ônibus. Hoje o Senado Federal realiza sessão plenária para a votação,
em primeiro turno, da proposta que limita os gastos do governo federal
pelos próximos 20 anos. O ato em Brasília é organizado por entidades
estudantis e educacionais, entre elas a União Nacional dos Estudantes
(UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Agência Brasil
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