O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (12) por
450 a favor, 10 contra e 9 abstenções a cassação do mandato do deputado
afastado Eduardo Cunha. A medida põe fim a um dos mais longos processos
a tramitar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que se
arrastava por 11 meses e interrompe o mandato de um dos políticos mais
controvertidos dos últimos anos. Com o resultado, Cunha perde o mandato
de deputado e fica inelegível por oito anos, mais o tempo que lhe resta
da atual legislatura.
Trajetória
Eleito para a presidência da
Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015 por 267 votos, derrotando em
primeiro turno o candidato do governo Dilma, Arlindo Chinaglia (PT-SP)
que obteve 136 votos, Cunha teve a sua trajetória marcada pelo
aparecimento de que atuava como lobista no esquema de corrupção
envolvendo a Petrobras e também duro embate que promoveu contra o
governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Com uma campanha montada
em cima da insatisfação da base aliada do governo, Cunha, após a sua
eleição, começou um processo de distanciamento e enfrentamento com o
governo. A tensão crescente resultou, em julho, daquele ano no anúncio
do seu rompimento com o governo Dilma Rousseff. Na ocasião Cunha disse
que passaria a integrar as fileiras da oposição. Ele também começou a
trabalhar para que o PMDB tomasse a mesma postura.
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