Na última segunda-feira (29), a
Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) comemora 15 anos sem
ocorrência de casos de febre aftosa no estado. O último caso, que foi considerado
como foco zero pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
foi registrado em 29 de agosto de 2001, no município Governador Eugênio Barros.
Segundo a diretora de Defesa
e Inspeção Animal da Aged, Viviane Correa, em 2001, após um estudo minucioso do
perfil do estado, foi criada a estrutura do Serviço de Defesa Agropecuária que,
no ano seguinte, culminaria com a criação da Agência. A meta inicial do serviço
era o cadastramento dos proprietários, das propriedades rurais, dos efetivos
dos rebanhos e do sistema agroprodutivo local a fim de viabilizar as primeiras
auditorias orientativas do Mapa.
Foi em meio a esses avanços
que o foco zero de febre aftosa no estado foi registrado. “Antes desse caso, o
Maranhão não tinha uma estrutura de defesa agropecuária organizada, por isso, o
risco do estado para a doença era não conhecido. Quando tivemos que atender
esse foco, o estado estava começando a avançar, assim, a ocorrência ficou
conhecida oficialmente como foco zero”, explica o coordenador de defesa animal,
Aymoré Fernandes Filho.
O foco zero serviria como um
parâmetro para avaliar a evolução do Maranhão no controle da doença, caso novas
ocorrências fossem notificadas. Desde então, além de não haver registros de
novos casos, o estado avançou nas conquistas do status sanitário para febre
aftosa, saindo da classificação de “Risco não conhecido” para “Alto risco”, em
19 de setembro de 2002; de “Alto risco” para “Risco médio”, em 28 de dezembro
de 2004; e, finalmente, alcançando o “Risco Baixo”, em 02 de setembro de 2013. Desde
maio de 2014, o Maranhão tem o reconhecimento internacional concedido pela Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) de área livre de febre aftosa com vacinação
.
“Nesses 15 anos, conseguimos
formar uma equipe, criar uma carreira especial para o setor agropecuário e,
daqui pra frente, nós buscaremos manter esse status sanitário, o que não é
tarefa fácil e exige uma vigilância constante. Estamos também pensando no
futuro: queremos o status de livre de febre aftosa sem vacinação, como o estado
de Santa Catarina”, defende o presidente da Aged, Sebastião Anchieta.
Comemoração
Fonte: Aged
Texto: Seane Melo
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