quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Índios mantêm interdição de trecho da Estrada de Ferro Carajás

Trecho no km 289 foi interditado ontem (2), por grupo de índios.Eles protestam contra portaria da Advocacia Geral da União
Continua interditado o trecho da Estrada de Ferro Carajás, entre os povoados Mineirinho e Auzilândia, em Alto Alegre do Pindaré, que fica a 340 quilômetros de São Luís.

O trecho foi interditado ontem (2), por um grupo de índios Guajajara e Awá-Guajás. Os índios protestam contra a portaria 303, da Advocacia Geral da União, que trata da demarcação de terras indígenas.

São cerca de 200 índios ocupando o quilômetro 289 da Estrada de Ferro Carajás. A portaria dá mais autonomia ao governo federal para interferir em áreas indígenas, e prevê a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal nessas áreas, sem a necessidade de consultar as comunidades indígenas ou a Funai.

A ferroria é estratégica para a exportação de minério de ferro pela Vale. é de trem que a mineradora transporta o produto de sua maior jazida, em Carajás, no Pará, até o Porto do Itaqui, no Maranhão, de onde o produto sai para o mercado internacional. Nenhum trem passa pela ferrovia, 360 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser transportadas.
De acordo com a assessoria da Vale, os indíos protestam contra uma portaria da Advocacia Geral da União (AGU) que proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas e a comercialização ou arrendamento de qualquer parte desses territórios.

Segundo nota distribuída pela mineradora, todas as operações ferroviárias da EFC estão paralisadas e a viagem do trem de passageiros com destino a São Luís será interrompida. Todos os passageiros deverão desembarcar em Açailândia, através de um ônibus disponibilizado pela empresa.

No documento, a Vale afirma que a reivindicação não tem relação direta com a mineradora e que repudia quaisquer manifestações violentas que coloquem em risco seus empregados, passageiros, suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito. Informa ainda que acionará ‘todos os meios legais para responsabilizar os invasores civil e criminalmente’.

G1 Maranhão Edição: Cícero Ferraz

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