Bogatá - Preocupado em evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras demonstrou intenso nervosismo nesta terça-feira, na Colômbia, principalmente depois de o Millonarios fazer o segundo gol da vitória por 3 a 0, que eliminou o time paulista da Sul-americana. Betinho, por exemplo, foi expulso seis minutos após entrar em campo. E a culpa, para Gilson Kleina, é do árbitro peruano Victor Hugo Carrillo.
"A arbitragem nos desequilibrou. Deixou o pau cantar, essa que é a verdade", argumentou o treinador, que pela primeira vez em sua carreira participou de uma partida oficial fora do Brasil e se assustou com as faltas que deixaram de ser marcadas em Bogotá.
"Teve jogador dando cotovelada, soco. Foram interpretações, critérios, e a arbitragem deixou correr um jogo violento, com entradas bruscas", apontou o técnico, lamentando, porém, o descontrole de seus comandados. "Entramos na pilha, começamos a perder a cabeça, e no futebol não se compete dessa maneira."
Betinho foi o exemplo do nervosismo. Entrou aos 33 minutos do segundo tempo, levou amarelo aos 37 por trocar empurrões e até socos com Candelo para apressar a substituição de Candelo e, aos 39, chutou a bola em um adversário com o jogo já paralisado por falta.
O atacante entrou logo após o terceiro gol. Mas a tensão do time brasileiro já tinha ficado clara depois de Rentería converter pênalti aos 15 minutos do segundo tempo. Luan, que entrou no intervalo, recebeu cartão amarelo por acompanhar o árbitro em reclamaçõíaes do ataque à defesa mais tarde, trocou ameaças e empurrões com Rentería.
"Tentamos acalmar do lado de fora, mas, depois do segundo gol, a equipe sabia que era um resultado ruim e começou a perder um pouco a cabeça", constatou Kleina, sem atribuir, contudo, à derrota ao árbitro. "Não posso lamentar pela arbitragem. Foi merecedora a classificação do Millonarios", admitiu, voltando o foco para a luta contra a degola no Brasileiro.
"Temos que saber diferenciar bem isso. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. O foco agora é o Brasileiro. Temos que fazer o nosso trabalho. Temos que fazer uma somatória de pontos, viver esse jogo (contra o Internacional) e fazer de tudo para conseguir o resultado".
Fonte: Estadão
Edição: Cícero Ferraz
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