São Luis - Os policiais civis e os peritos criminais deflagraram greve por tempo indeterminado e somarão forças ao movimento dos policiais militares e bombeiros iniciado no dia 23 deste mês.
Os peritos decidiram paralisar as atividades na próxima quinta-feira enquanto os policiais iniciaram o movimento paredista ainda na noite de ontem, às 22h. Os membros do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) do Maranhão se reuniram ao fim da tarde em frente ao Plantão Central da Refssa para realizarem a assembleia.
O presidente do Sinpol, Amon Jessen, ao iniciar a reunião com a categoria informou que os membros teriam espaço para defender a forma como o movimento seria realizado. O posicionamento do sindicato era pela deflagração a partir da próxima quinta junto com os peritos cumprindo os prazos legais.
Contudo, sucessivos policiais subiram no palanque improvisado na escadaria da Refssa para defender a deflagração imediata.
Amon afirmou que por ser uma decisão tomada em assembleia deve ser acatada pela categoria. A assembleia é soberana e por isso faremos o movimento mesmo com os prazos vencidos. Nós concentraremos na Reffsa e na Assembleia Legislativa (AL), disse.
O acampamento dos policiais e bombeiros militares foi lembrando em vários discursos dos sindicalistas. Frases como perder o bonde da história" ou somar forças para que o movimento não seja desarticulado" foram pronunciadas mais de uma vez.
Também houve espaço para discursos de membros que ressaltaram o histórico de mobilização dos policias civis, fazendo um contraponto ao movimento militar. Os policiais frisaram que a categoria não estaria "pegando carona" no movimento dos militares.
O clima de apoio ao movimento de paralisação já em andamento prevaleceu e surgiu a proposta dos policias marcharem ontem mesmo até à sede da AL, no Sítio do Rangedor, mas a sugestão não foi acatada pela maioria.
De acordo com o presidente do Sinpol, Amon Jessen, o motivo da paralisação é a falta de cumprimento dos acordos firmados com o governo do estado.
O governo promete, promete, acorda e não cumpre ou quando cumpre o faz parcialmente, declarou. As duas principais bandeiras levantadas pelos sindicalistas foram a incorporação do percentual de 11,95% sobre a Unidade Real de Valor (URV) aos salários e adoção de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
O presidente do Sinpol destacou que o PCCR proposto pela categoria representaria um avanço na forma de promoção dos policias valorizando os trabalhadores. Como exemplo, o investigador Mendes que trabalha há 35 anos na função explicou que caso se aposentasse este ano receberia a quantia de R$ 2,8 mil. O governo tem condições de pagar e quando não faz isso nos obriga a fazer o movimento grevista, justificou Mendes.
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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