A saltadora Paraskevi Papachristou, conhecida como Voula, 23, foi cortada da delegação olímpica da Grécia por conta de uma "brincadeira" (como ela mesma definiu) no Twitter. O comentário de teor racista foi publicado em grego. Depois ela se desculpou em inglês.
"Com muitos africanos na Grécia... pelo menos os mosquitos do Nilo ocidental vão comer comida caseira!", postou em seu microblog nesta quarta-feira, em referência ao vírus de mesmo nome que é transmitido por mosquitos infectados.
A publicação repercutiu negativamente e a atleta pediu desculpas via Twitter e Facebook.
"Gostaria de expressar minhas sinceras desculpas pela brincadeira de mau gosto. Estou muito arrependida e envergonhada pelo que aconteceu e pela repercussão. Nunca quis ofender ninguém ou desrespeitar os direitos humanos", escreveu no Facebook.
"Meu sonho está ligado aos Jogos Olímpicos e eu não poderia participar se não soubesse respeitar seus valores. Portanto, nunca poderia acreditar em discriminação entre seres humanos e raças", disse Paraskevi, que se desculpou com os membros da delegação.
O comitê olímpico grego decidiu pelo corte e explicou que a declaração da atleta vai na "contramão dos valores e pensamentos do movimento olímpico da Grécia". De acordo com a entidade, ela ainda está na Grécia e viajaria para Londres na próxima semana.
Voula faz parte da equipe de salto triplo e tem como melhor resultado o primeiro lugar no Campeonato Europeu sub-23 de 2009 (Lituânia) e 2010 (República Tcheca).
Neste ano, ela participou do Europeu em Helsinque, na Finlândia, e ficou com o 11º lugar na classificação geral, com a marca de 13,89 m --a primeira colocada foi a ucraniana Olha Saladuha, com 14,99 m.
Ainda ficou atrás de outras duas atletas da Grécia: Níki Panetta, sexta colocada (14,23 m), e Athanasía Pérra, sétima (14,23 m). As duas estão inscritas na Olimpíada.
O recorde mundial de salto triplo é de 15,50 m, enquanto o olímpico é de 15,39 m
Fonte: folha.com
Edição: Cícero Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário