domingo, 29 de julho de 2012

Maranhão tem 20 candidatos analfabetos na disputa

No embalo da vitória de Tiririca nas urnas, 20 candidatos declarados analfabetos estão na disputa dessas eleições no MA

Segundo dados do relatório estatístico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Maranhão, 20 candidatos que se declararam analfabetos junto ao TSE colocaram seus nomes a disposição dos eleitores para disputar as eleições municipais deste ano. Do total, apenas um pleiteia a vaga de prefeito, dois compõem chapa como candidatos a vice-prefeito, enquanto dezessete planejam conquistar uma vaga nos legislativos municipais.

Em todo o país, de acordo com o relatório, o único candidato a prefeito que admitiu não sabe ler nem escrever é do Maranhão: Raimundo Nonato de Almeida Lima (PRTB), do município de São Bernardo (MA).

No Estado, 785 candidatos admitiram saber apenas ler e escrever. Outros 2.607 (14,33%) afirmaram ter o ensino fundamental incompleto. Os candidatos que concluíram o ensino fundamental totalizam 2.635 (14,55%). Os que declararam possuir ensino médio incompleto computaram 701 candidatos (3,87%). Outros 7.023 (38, 78%) candidatos disseram possuir o ensino médio completo, e 730 (4,03%) o ensino superior incompleto. Apenas 3.605 candidatos declararam possuir o ensino superior completo, o correspondente à 19% dos candidatos.

A Constituição Federal impede a candidatura de analfabetos. No entanto, a vitória do palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR), para a Câmara Federal reacendeu os debates sobre o assunto. Tiririca seria analfabeto e mesmo assim foi o mais votado nas eleições para a Câmara Federal, pelo estado de São Paulo.

Pelo menos dois projetos estão tramitando no Congresso Nacional que falam do assunto. Uma delas, do deputado federal Manoel Júnior (PSB-PB), proíbe o analfabeto funcional – aquele que tem menos de quatro anos de estudos – de disputar as eleições. Na contramão, um projeto do senador Magno Malta (PR-ES), inspirado no caso Tiririca, classificado de analfabeto funcional, permite que quem não sabe ler ou escrever, possa disputar eleição normalmente.

Fonte: Jornal Agora Santa Inês (Edição online)
Edição: Cícero Ferraz

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