(foto de arquivo)
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Roraima deflagraram na manhã desta sexta-feira (13) uma operação para combater o garimpo ilegal na terra indígena Ianomâmi, em Roraima.
Segundo a PF, 26 dos 33 mandados de prisão temporária previstos haviam sido cumpridos na região de Boa Vista até o início da tarde.
O superintendente da PF em Roraima, Alexandre Saraiva, ouve nesta tarde os detidos na operação.
A PF também apreendeu cinco aviões usados para levar garimpeiros até as lavras ilegais --dentro da terra indígena--, três quilos de ouro (cerca de R$ 312 mil), um carro e uma quantidade não informada de dinheiro em espécie, segundo balanço parcial das atividades.
De acordo com a PF, as investigações identificaram cinco grupos criminosos que mantêm garimpos ilegais na área. Os grupos são formados por aviadores, empresários ligados ao ramo de joalheria e donos de balsas e motores para a extração de ouro.
A PF tem autorização judicial para cumprir 44 mandados de busca e apreensão no Estado e apreender 11 aviões e 12 veículos.
XAWARA
A operação foi batizada de Xawara. Segundo a PF, o termo é usado por índios para designar a palavra "epidemia" e definir doenças causadas pela fumaça resultante do processo de precipitação do ouro pela queima do mercúrio.
Operações semelhantes são realizadas na terra indígena Ianomâmi desde 2009, mas a atividade ilegal na região permanece.
A última ação, em novembro de 2011, prendeu 27 pessoas. "Mas poucos dias depois os locais de lavra ilegal de ouro atingidos foram reativados com o apoio financeiro, material e logístico da organização criminosa investigada na operação de hoje [13]", informou a PF.
Além de causar "prejuízo ambiental imensurável", de acordo com a PF, os garimpeiros transmitem doenças aos ianomâmi, comunidade recém-contatada e que ainda mantém indígenas isolados.
Fonte: folha.com
Edição: Cícero Ferraz
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