sexta-feira, 13 de julho de 2012

Operação da PF combate garimpo ilegal em terra indígena em Roraima

                                                                     (foto de arquivo)

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Roraima deflagraram na manhã desta sexta-feira (13) uma operação para combater o garimpo ilegal na terra indígena Ianomâmi, em Roraima.

Segundo a PF, 26 dos 33 mandados de prisão temporária previstos haviam sido cumpridos na região de Boa Vista até o início da tarde.

O superintendente da PF em Roraima, Alexandre Saraiva, ouve nesta tarde os detidos na operação.

A PF também apreendeu cinco aviões usados para levar garimpeiros até as lavras ilegais --dentro da terra indígena--, três quilos de ouro (cerca de R$ 312 mil), um carro e uma quantidade não informada de dinheiro em espécie, segundo balanço parcial das atividades.

De acordo com a PF, as investigações identificaram cinco grupos criminosos que mantêm garimpos ilegais na área. Os grupos são formados por aviadores, empresários ligados ao ramo de joalheria e donos de balsas e motores para a extração de ouro.

A PF tem autorização judicial para cumprir 44 mandados de busca e apreensão no Estado e apreender 11 aviões e 12 veículos.

XAWARA

A operação foi batizada de Xawara. Segundo a PF, o termo é usado por índios para designar a palavra "epidemia" e definir doenças causadas pela fumaça resultante do processo de precipitação do ouro pela queima do mercúrio.

Operações semelhantes são realizadas na terra indígena Ianomâmi desde 2009, mas a atividade ilegal na região permanece.

A última ação, em novembro de 2011, prendeu 27 pessoas. "Mas poucos dias depois os locais de lavra ilegal de ouro atingidos foram reativados com o apoio financeiro, material e logístico da organização criminosa investigada na operação de hoje [13]", informou a PF.

Além de causar "prejuízo ambiental imensurável", de acordo com a PF, os garimpeiros transmitem doenças aos ianomâmi, comunidade recém-contatada e que ainda mantém indígenas isolados.

Fonte: folha.com
Edição: Cícero Ferraz

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