Uma nova tentativa de fuga de presos foi registrada na Casa de Detenção ( Cadet) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, nesta quarta-feira (17). As imagens foram mostradas pelo repórter Alex Barbosa e o cinegrafista Miguel Nery, da TV Mirante, ao vivo, pela GloboNews. Presos pularam o muro da unidade e foram cercados por policiais. Nesta semana, o então diretor da unidade, Cláudio Barcelos, foi preso por suspeita de facilitação de fugas, e o Pastor Noleto Gomes da Silva foi nomeado para o cargo, segundo a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Por telefone, o G1 entrou em contato com assessoria da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão ( Sejap), que informou que não houve fuga de presos nesta manhã. De acordo com a Sejap, o tumulto foi controlado. Ainda segundo a Secretaria, o tumulto teria sido causado pela transferência de presos iniciada há duas semanas, após a conclusão das obras no Presídio São Luís III.
A Casa de Detenção (Cadet) é uma das oito unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que também é formado pelo Centro de Detenção Provisória (CDP), Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), Centro de Triagem (CT), Penitenciária de Pedrinhas (PP), Presídio São Luís I e II (PSL I e PSL II) e Centro de Reeducação e Integração Social das Mulheres Apenadas (Crisma) ou Presídio Feminino (PF). O Complexo é conhecido internacionalmente pelos problemas de segurança gerados por fugas e mortes, e também foi palco de brigas de facções, com presos decapitados. Somente na Casa de Detenção, nos últimos 11 meses, 10 detentos morreram no local e pelo menos 20 ficaram feridos após briga entre facções criminosas.
O encarregado de segurança do Centro de Triagem, que faz parte do Complexo Penitenciário, afirmou que a troca de comando na Cadet pode ter influenciado na tentativa de fuga desta quarta. "Os presos arrombaram cadeados. A troca de direção teria influenciado sim, mas são cargos rotativos, de livre definição e que o secretário tem toda autonomia para substituir. Com a paralisação dos agentes, a situação também se agravou, pois paralisa praticamente todo o Complexo. Eles aproveitaram a fragilidade na segurança", disse Jean Esteferson.
G1 Maranhão
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