"O ano de
2013 terá um ambiente melhor, que também vai ser propício ao Brasil. Mas nós
somos uma economia que pode caminhar pelos seus pés", disse a presidenta,
durante café da manhã com jornalistas. "O Brasil tem que ter crescimento
sustentável e contínuo, com grau de sustentação muito alto. Este foi o ano de
buscar a competitividade. É algo que teremos que fazer permanentemente a partir
de agora, mas a partida foi dada neste ano", acrescentou.
Entre as
medidas que levaram a essas condições, Dilma listou a redução de juros, a taxa
de câmbio "mais realista" e investimentos pesados em infraestrutura. No entanto,
cobrou veementemente a redução de impostos e mudanças na estrutura tributária,
que, segundo ela, tem que ser mais racional.
"O Brasil precisa
reduzir impostos. Quando diminui a carga de juros, possibilita reduzir impostos.
O Brasil precisa de uma mudança na sua estrutura tributária. Não falo em
reforma, porque é mais fácil criar um mosaico do que fazê-la abruptamente. O Brasil
precisa de uma estrutura tributária mais racional".
Perguntada
sobre interferência no setor privado, a presidenta foi enfática ao responder que
agiu para garantir condições de empréstimos de longo prazo para investimentos.
"Ninguém investe com financiamento de sete anos. Interferi sim para ter
financiamento de 20, 30 anos e brigo ainda. Sou umas das pessoas mais
preocupadas com financiamento a longo prazo".
Dilma defendeu a
criação de outras formas de financiamento a longo prazo no país, como fundos que
aceitem debêntures como ações, e a maior participação de bancos privados no
setor. "Precisamos que bancos privados participem do financiamentos, e não
apenas o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Hoje tudo
recai sobre o BNDES e não pode ser assim. O setor privado vai dar musculatura",
ponderou.
A presidente evitou comentar a expectativa de novas
quedas na taxa de juros ou outros indicadores econômicos. "Não me manifesto
sobre juros e câmbio".
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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