terça-feira, 10 de maio de 2011

Agora é a vez do Maranhão do Sul


Depois da discussão na Câmara Federal em dividir o Estado do Pará, após realização de plebiscito e do Projeto de Resolução aprovado pela Assembleia Legislativa e que “assegura” ao parlamento maranhense criar novos municípios, o debate agora deverá ficar em torno do Maranhão do Sul.

A deputada Valéria Macedo (PDT) apresentou requerimento sugerindo a criação da Comissão Especial de Redivisão Territorial e Política Demográfica do Maranhão. A ideia é levantar novamente o debate sobre a criação do Maranhão do Sul.

Pela sugestão da parlamentar da Região Tocantina, a Comissão seria formada por sete deputados estaduais “preferencialmente” da Região Centro-Sul do Maranhão e teria duração de nove meses.

Além disso, Valéria Macedo ainda sugere o convite para que os deputados federais: Ribamar Alves (PSB), Carlos Brandão (PSDB), Hélio Santos (PSDB), Davi Alves Júnior (PR) e Chiquinho Escórcio (PMDB), possam participar da Comissão Especial. O detalhe é que todos esses deputados já teriam demonstrado serem favoráveis a criação do novo Estado.

O debate não só é importante, como se faz necessário sim, mas entendo que a sugestão da deputada, como foi apresentada, é equivocada e discriminatória, pois formar uma Comissão Especial com deputados estaduais “preferencialmente” da Região Centro-Sul e com deputados federais favoráveis ao Maranhão do Sul, dificilmente conseguirá alcançar seu objetivo.

O que os parlamentares e autoridades que defendem a criação do Maranhão do Sul precisam entender de uma vez por todas, é que na realidade o fato mais importante não será a criação de um novo Estado, mas sim a separação ou divisão de um Estado, que é o Maranhão.

E para uma separação ou divisão ser tranqüila, ela precisa ser boa para ambas as partes e esse é o desafio de quem defende, mostrar que a “Região Norte do Maranhão” não sairá perdendo com a separação, mas para isso o assunto não pode jamais ficar restringido a deputados estaduais da Região Centro-Sul e deputados federais que defendam o Maranhão do Sul.

Afinal a discussão precisa ser ampla e equilibrada, o contraditório será fundamental para o amadurecimento da ideia e o mais importante, o plebiscito será em todo o Maranhão e não apenas restrito para a população do Centro-Sul do Estado.

Fonte: Blog do Jorge Aragão
Edição: Cícero Ferraz

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