Equipe faz 2 a 0 em uma grande exibição na Ressacada. Adversário será o Coritiba, que eliminou o Ceará na outra semifinal
Com um desempenho individual e coletivo invejável, o Vasco fez uma das suas melhores partidas no ano e venceu o Avaí por 2 a 0, nesta quarta-feira, dentro da Ressacada. O resultado coloca a equipe da Colina na decisão da Copa do Brasil após cinco anos. O adversário será o Coritiba, que na outra semifinal eliminou o Ceará (0 a 0 em Fortaleza e 1 a 0 no Couto Pereira).
A história da classificação cruz-maltina começou com um gol contra de Revson e foi sacramentada com Diego Souza, que teve ótimo desempenho.
O primeiro jogo da final será na próxima quarta-feira, e o segundo na semana seguinte. A ordem de mando de campo será sorteada nesta quinta-feira.
Com desempenho brilhante, Vasco encurrala o Avaí
Como o 0 a 0 não servia, o Vasco se propôs a jogar como se fosse o dono da Ressacada. E o fez com grande categoria. Desde o apito inicial, foi para cima do Avaí e sem se desorganizar na defesa. Para surpresa da torcida catarinense, a equipe da Colina abriu o placar logo aos três minutos. Felipe cobrou falta do lado direito, e Revson desviou de cabeça na direção do próprio gol: 1 a 0. Ele já havia marcado contra nas quartas de final, no Morumbi, contra o São Paulo.
Poderia se imaginar que o Avaí fosse se lançar ao ataque alucinadamente para tentar a reação, mas, atordoado, o time viu o Vasco se manter superior em campo. Com um alto índice de acerto nos passes, os cruz-maltinos foram criando chances em sequência. Felipe assustou com um chute de fora da área. Depois, após boa jogada de Allan, Diego Souza também esteve perto de ampliar, mas o defensor impediu. Os cruz-maltinos reclamaram pênalti.
Eder Luis era um dos que mais destacava. Incansável também na marcação, ele era o motorzinho que levava o Vasco ao ataque. No meio, Felipe organizava com o meio de campo com a técnica de sempre. A superioridade em campo logo se refletiu no placar novamente. Aos 34 minutos, Alecsandro deu ótimo passe para Diego Souza, que, com só tocou por cima do goleiro Renan e viu a bola parar no fundo da rede: 2 a 0.
Com a defesa vascaína bem postada, o Avaí teve poucas oportunidades claras de chegar ao gol. A melhor foi uma bola na trave após chute de Julinho, que com seus avanços pela esquerda, era o mais perigoso dos jogadores da equipe catarinense. Durante a primeira etapa, o técnico Silas tentou deixar seu time mais ofensivo com a entrada de Rafael Coelho na lugar de Acleisson, mas a mexida não surtiu muito efeito.
Vasco mantém superioridade e fica com a vaga na decisão
Na volta do vestiário, o Vasco tentou não recuar demais e trazer o Avaí todo para o seu campo de defesa. Com Diego Souza inspirado, a equipe carioca seguiu muito perigosa. Por duas vezes o time acertou a trave, com o camisa 10 e com Ramon. O técnico Ricardo Gomes foi obrigado a fazer duas substituições por problemas médicos. Bernardo entrou na vaga de Eder Luis, com uma lesão na virilha, e Marcio Careca foi lançado no lugar de Ramon, com dores na coxa.
Não faltava disposição e correria para o Avaí, mas, com um meio de campo sem criatividade, o time catarinense pecava no último passe. A maioria das bolas passava pelos pés de Marquinhos, mas o meia pouco conseguiu produzir. A partir da metade da segunda etapa, a torcida vascaína aumentou a confiança e passou a gritar "olé" a cada passe.
Quando o Avaí conseguia chegar bem, esbarrava no grande dia dos volantes e zagueiros vascaínos, principalmente Dedé, que, por exemplo, travou um chute perigosíssimo de Estrada. Os catarinenses lutaram até o fim, mas era dia do Vasco, que ainda marcou mais uma vez, com Alecsandro, mas o árbitro anulou o gol de forma errada.
O apito final foi a senha para a comemoração vascaína em Florianópolis.
Edição: Cícero Ferraz
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