sábado, 21 de janeiro de 2012

Projeto Rondon nas comunidades

 “Estou ansiosa para começarmos esta atividade. Acho de extrema importância que sejamos inseridos neste projeto e que possamos ajudar as comunidades do país”. A fala da estudante universitária Mariana Torres, ilustra bem o objetivo do Projeto Rondon. Na etapa maranhense, o projeto reúne 460 estudantes de instituições de ensino superior do Sul e Sudeste do país para atuar em comunidades de 23 municípios. Durante uma semana os grupos de estudantes vão conviver com as comunidades escolhidas, conhecer sua realidade e auxiliá-los, por meio de capacitação, a entender melhor o espaço em que vivem.

O projeto representa apoio às comunidades carentes e um exercício de solidariedade. Animação e muita disposição para iniciar as ações do projeto. Na tarde de ontem, durante solenidade realizada no 24º Batalhão de Caçadores, no João Paulo, os estudantes mostraram que estão ansiosos pela experiência.

Durante a solenidade de recepção, os jovens acompanharam a formatura de oficiais, ouviram pronunciamento da coordenação do projeto local e, ao final, assistiram a banda do Exército na execução de canções populares. “Os jovens que participam deste projeto tem consigo a vontade de ser solidário, de ajudar o próximo e fazer a diferença nestas comunidades”, ressaltou o coordenador operacional do projeto nacional e da baixada maranhense, coronel Jesuino José de Brito Neto.

Os alunos serão recebidos em 12 cidades da região tocantina e 11 na baixada maranhense, onde vão conviver com comunidades de agricultores ou que vivem em situação de pobreza e exclusão social. “Esse estudantes serão multiplicadores das ações do projeto aqui no estado. O trabalho deles junto a estas comunidades será de grande relevância para a mudança de alguns paradigmas”, ressaltou o coronel Brito Neto.


Multiplicadores de melhorias sociais


Oito estudantes e dois coordenadores integram o grupo de universitários da Universidade de Marília, o Unimar, de São Paulo. O grupo foi escolhido na instituição pela sua amplitude de especialidades. O Unimar congrega psicólogo, fisioterapeuta, veterinário, odontólogo, educador físico, enfermeiro, biólogo, assistente social e nutricionista. O grupo foi destacado para atuar em Amarante do Maranhão, onde permanecem, por uma semana, em uma comunidade do Projeto Babaçu. A atuação pelo Projeto Rondon confere aos estudantes créditos na vida acadêmica, por se tratar de projeto de extensão universitária, além de formar multiplicadores do projeto que podem formar outros participantes. Entre as estratégias de atividades estão a utilização de barracas, fantasias, elaboração de peças teatrais, tudo para chegar mais perto das populações e garantir que a mensagem seja absorvida e as lições passadas postas em execução após a despedida dos alunos.

Experiência única

Cristina Pires, 50 anos, experimenta pela primeira vez atuar nas atividades do Projeto Rondon. Estudante de Psicologia da Universidade de Marília, São Paulo, a estudante, como gosta de ser identificada no grupo, está confiante nos resultados positivos dos trabalhos que pretende realizar. “Vamos ficar em uma comunidade que trabalha com o coco babaçu. Vai ser muito interessante ajudar estas pessoas a otimizar a atividade que já desenvolvem e ajudá-los com ideias para potencializar a produção”, disse ela. Segundo Cristina, o grupo já organiza um planejamento de ações para realizar junto às comunidade. Entre estas ações, cita ela, estão palestras, debates e distribuição de material informativo sobre questões de saúde e combate da violência.

Ação solidária
O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, é um projeto de integração social que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. As regiões prioritárias de atuação são aquelas com maiores índices de pobreza e exclusão social, bem como áreas isoladas do território nacional que necessitem de maior aporte de bens e serviços. Por isso, essa razão, a diretriz estratégica do Projeto Rondon prioriza as regiões norte e nordeste do país.

Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz

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