sexta-feira, 25 de maio de 2012

Investigação de duas mortes num poço de Presidente Dutra continua

Os corpos foram levados para serem enterrados nesta sexta-feira, na zona rural de Mirador.
CODÓ - As investigações estão em andamento e a principal pergunta continua sendo – o que teria causado a morte de Félix Benedito Pereira da Silva, de 35 anos, e João Batista Pereira Carvalho, de 46 anos, dentro de poço de 17 metros de profundidade, nessa quinta-feira (24), por volta das 8h30 da manhã, no povoado Alegre, zona rural de Presidente Dutra.

O delegado regional de Presidente, Paulo Franco, que preside o inquérito, contou que, no momento, Félix pediu ajuda e quando João desceu para socorrê-lo também morreu.

“Primeiro o Félix tava reclamando dizendo que estava perdendo o fôlego, não sabemos se em razão da profundidade do poço ou do motor que estava sendo instalado, ele disse que estava perdendo fôlego, pedindo ajuda e o segundo também pediu socorro dizendo que não tinha oxigênio, nem força, tava sem poder respirar”, disse.

Perícia

Os corpos foram levados para serem enterrados nesta sexta-feira (25) à tarde na zona rural do município de Mirador, de onde são os dois. Não passaram por exames detalhados do Instituto Médico Legal, mas segundo o delegado, um médico perito da região, que recebeu as vítimas no hospital Bené Soares, poderá ajudar a entender o que, realmente, os matou.

“Esse médico vai ser nomeado ‘perito odoc’ e certamente vai dá o motivo da morte das vítimas (...) Entre 10 e 15 dias com certeza o laudo já estará em nossas mãos para gente poder seguir com a investigação”, afirmou Paulo Franco.

A família

De acordo com os familiares, abrir poços de forma manual em pequenas propriedades rurais era o que faziam os dois para viver. Por isso, não se interessam pelos motivos da morte, acham que foi apenas um acidente de trabalho.

“Porque aconteceu, ele tava trabalhando e aí a gente não pode fazer nada, acidentes acontecem”, disse, ao Imirante, José Pereira da Silva, irmão de Félix Benedito.

Luís Carlos Pereira Carvalho, irmão de João Batista, também, seguiu a mesma linha de pensamento. “Morreu mesmo não tem mais jeito né... Vamos mexer com isso não”, respondeu.

O dono do poço

O dono da propriedade onde o poço estava sendo construído, o aposentado Antonio Adelmo Sabino de Sá, se disse surpreso informando que ele ia ser usado na irrigação da produção agrícola. Seu Antonio sustenta que prestou toda a assistência que pode aos homens que contratou a R$ 100, por cada metro cavado, e às suas famílias. “Vamos dar mais assistência se a família precisar”, garantiu

Fonte: Imirante
Edição: Cícero Ferraz

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