O Ministério dos Transportes vai retomar o processo de licitação para duplicação de 26,3 quilômetros da BR-135, em Bacabeira. A informação foi dada pelo ministro a grupo de cinco deputados federais que estiveram na quinta-feira (1º), à noite, no gabinete de Paulo Sérgio Passos. Ficou combinado que, daqui há 30 dias, os deputados voltam a conversar com o ministro para conhecer as providências que foram tomadas para a duplicação e para os demais pedidos apresentados na audiência.
A burocracia tinha sido suspensa após a exoneração do ministro Alfredo Nascimento, de assessores e de diretores do Departamento de Infra-Estrutura Terrestre. Os procedimentos recomeçam com a posse na sexta-feira (2) dos sete novos diretores do DNIT.
O ministro explicou que o projeto da duplicação teve falhas, pois o não contemplou o deslocamento das linhas ferroviárias, assim como as transversais. Passos não soube explicar o que aconteceu com o planejamento, mas disse que uma equipe técnica do Ministério está verificando a questão para buscar uma solução. “A obra tem prioridade e importância”, garantiu.
A duplicação está orçada em R$ 100 milhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra foi anunciada pelo ex-presidente Lula da Silva e pela então ministra Dilma Rousseff, quando foi lançada a pedra fundamental da Refinaria Premium, em Bacabeira.
Novos e velhos problemas – Além da questão da duplicação do trecho, os parlamentares também pediram solução para as BRs 222, 226 e 402. Na primeira rodovia, está sendo refeito o traçado entre Santa Inês e Bom Jesus das Selvas, mas as curvas perigosas até Açailândia não estão no projeto. Em Açailândia há também o problema do entroncamento das BRs 010 e 222.
Em 20 quilômetros são registrados diariamente engarrafamentos e há sérios riscos para motoristas e pedestres. O ministro Paulo Sérgio Passos sugeriu a construção de uma alça de contorno para desviar o trânsito, mas ainda não há um projeto para solucionar o problema. Uma das primeiras providências seria alocar recursos da bancada maranhense para contratar o projeto técnico que permite a licitação da construção.
Solução idêntica foi apresentada pelo ministro para a duplicação do contorno de Caxias da BR-316. O projeto técnico já está pronto, segundo disse o prefeito Humberto Coutinho, que esteve presente na audiência. Falta ainda licitar a obra calculada em R$ 79 milhões.
Em Timon, o problema é a quantidade de buracos por conta da falta de manutenção da rodovia que passa por dentro da cidade. Há muita poeira e o trânsito é bastante complicado. A solução apontada pela bancada seria o DNIT realizar um trabalho de recuperação. Na opinião do ministro Passos, o trabalho pode ser incluído numa “intervenção estrutural” com recursos específicos dentro do Contratos de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema).
O programa prevê a recuperação de 30 mil quilômetros de estradas no país, mas contratos de 10 a 12 mil quilômetros precisam de ajustes exigidos pelo Tribunal de Contas da União. “Vamos ver o que será possível fazer”, prometeu Passos.
A 226 tem um trecho de 100 quilômetros que está para ser pavimentado. A partir de Presidente Dutra, o traçado está apenas em chão batido, embora seja uma estrada que poderá facilitar o tráfego de veículos e caminhos entre o Nordeste e o Centro-Oeste. O custo da obra é de R$ 100 milhões que depende de emendas parlamentar para ser incluído no Orçamento Geral da União. Falta ainda o projeto executivo calculado em R$ 2 milhões.
O ministro disse que não há notícias sobre a continuidade da Transnordestina (BR-402), que será um corredor turístico para o Maranhão, Piauí e Ceará. As obras que foram estadualizadas estão paradas desde a Operação Gautama. Há informações não confirmadas de que todas as demandas que impediam o reinício das obras foram solucionadas pelo governo estadual do Maranhão.
Estiveram na audiência os deputados Waldir Maranhão (PP-MA), Carlos Brandão (PSDB-MA), Sétimo Waquim (PMDB-MA), Hélio Soares (PSDB-MA) e Domingos Dutra (PT-MA). Acompanhou o grupo o prefeito de Caxias Humberto Coutinho.
Fonte: Jornal Pequeno
Edição: Cícero Ferraz
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